Sea Shepherd revela a nova arma na guerra contra a caça de baleias do Japão. É um navio de guerra feito sob encomenda, sem armas, foi projetado com motores maiores e um tanque de combustível para longas distâncias.
A organização ativistas anti-baleeiros Sea Shepherd tem equipamento, ao custo de US $ 12 milhões, o navio terá, pela primeira vez, a mesma velocidade e resistência da frota baleeira do Japão.
Desafiando a decisão de um tribunal internacional, o Japão está prestes a ser o centro das atenções em uma cúpula global, no próximo mês, os ativistas planejam navegar até a Austrália, antes de ir para o sul, na tentativa de atrapalhar a temporada de verão da caça de baleias, perto da Antártica.
“Nosso maior desafio em campanhas passadas, foi que os navios baleeiros japoneses, pelo seu maior tamanho, nos abalroaram, e fugiram, com sua velocidade superior”, disse Peter Hammarstedt, da Sea Shepherd, à Fairfax Media.
“Esse, portanto, é um navio que não poderão atingir.”
Batizado de “Ocean Warrior”, é o primeiro navio da Sea Shepherd foi construído seguindo especificações do grupo ativista, quanto a tamanho de motor e outras características, para ser usado em seus, controversos, protestos em alto-mar.
Os seus outros navios foram reformados, o mais antigos, o Bob Barker, que foi um baleeiro norueguês, construído em 1950, e o Steve Urwin, um antigo navio de pesca, construído em 1975.
Ironicamente, para um grupo ambiental que só serve refeições vegetarianas a bordo, o design do Ocean Warrior é baseado em um navio de abastecimento para plataformas de petróleo.
O espaço de carga foi convertido em tanque de combustível para dar ao navio maior autonomia.
O Japão caçou 333 baleias Mink no verão passado, a primeira caçada depois que a Corte Internacional de Justiça julgou ilegal a “caçada científica”, em 2014.
Mas o Japão, desde então, negou a competência do tribunal e elaborou novas orientações para a caça à baleia, duplicando o tamanho das áreas de caça no Oceano Antártico, e o grupo militante não foi capaz de acompanhar os baleeiros no verão passado.
O instituto japonês de investigação da baleia também colocou no ar um site para promover receitas de carne de baleia.
A Austrália juntou-se a 95 países, no início deste mês, para condenar recomeço da atividade baleeira do Japão, e a questão deve dominar a reunião da Comissão Baleeira Internacional, na Eslovénia, em outubro.
A Sea Shepherd ainda não revelou a velocidade máxima do Ocean Warrior, mas disse que superou, confortavelmente, os 30 nós, em testes recentes no Mediterrâneo.
Esta velocidade, diz o grupo, lhe permitirá interceptar navios arpoadores do Japão, podendo pousar um helicóptero a bordo, ampliando, potencialmente, suas opções de rastreamento.
O navio foi financiado com doação dos rendimentos da loteria do correio holandês e o objetivo da Sea Shepherd é mostrar o Japão matando baleias – e interromper a matança, se possível.
“A responsabilização é importante”, disse o Sr. Hammarstedt.
“Da forma como nós vemos, a comunidade internacional já teve dois anos para garantir que o Japão estivesse em conformidade com a lei, e eles não estão.”
“Nossa posição é que a comunidade internacional falhou com as baleias, de modo que não nos dá outra opção além de irmos para baixo [para o Oceano Antártico].”
O Ocean Warrior está, atualmente, em sua primeira viagem para Amsterdã, para um lançamento com loteria holandesa e, em seguida, navegará para a Austrália no próximo mês, para um porto a ser determinado, Fremantle, Melbourne ou Hobart.
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