Yangon, Myanmar – 5 de janeiro de 2024 – Em comemoração ao 76º aniversário da independência de Myanmar do domínio britânico, o exército do país anunciou o perdão a mais de 9.600 prisioneiros, incluindo sentenças comutadas. Contudo, não há indicações de que a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi esteja entre os beneficiados.
O anúncio foi feito no Dia da Independência, nesta quinta-feira (4), e diversas pessoas foram liberadas da Prisão Insein, na cidade de Yangon, enquanto familiares se reuniam do lado de fora.
Os perdoados incluem ativistas pró-democracia e outros prisioneiros políticos. Um fotojornalista liberado após mais de dois anos de detenção declarou estar em boa saúde e expressou o desejo de que muitos outros detentos sejam libertados o mais rápido possível.
Analistas afirmam que o movimento do exército busca desviar as críticas ao seu governo, amplamente considerado como opressivo, tanto dentro quanto fora do país, especialmente diante dos conflitos contínuos com grupos étnicos minoritários.
Um contato próximo a Aung San Suu Kyi informou à NHK que não há informações sobre se ela foi incluída no perdão concedido. A líder pró-democracia está detida desde fevereiro de 2021, quando o exército realizou o golpe de Estado. Laureada com o Prêmio Nobel da Paz, ela foi condenada por corrupção e outras acusações, tendo sua pena reduzida em agosto passado, mas ainda precisa cumprir mais de 25 anos de prisão.
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