Partidos na Alemanha fazem apelo final antes das eleições gerais

Berlim, 24 de fevereiro de 2025 (JST) – Agência Deutsche Welle – No último dia de campanha para as eleições gerais, os partidos governistas e da oposição na Alemanha estão fazendo os seus últimos apelos por apoio. A eleição ocorre após o colapso da coalizão de governo do chanceler Olaf Scholz, em novembro de 2024.

De acordo com a última pesquisa de opinião conduzida pela emissora pública ZDF, a maior oposição, composta pela aliança de centro-direita da União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), lidera com 28% de apoio. Friedrich Merz, candidato da aliança para o cargo de chanceler, é visto como o favorito para assumir o cargo de chanceler da Alemanha.

Em segundo lugar, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, tem 21% de apoio, com uma postura excluente em relação a imigrantes e refugiados. O partido tem ganhado força devido ao descontentamento público com a política de imigração do país.

O Partido Social-Democrata de Scholz, de centro-esquerda, e seu parceiro de coalizão, os Verdes, estão enfrentando dificuldades, com taxas de apoio em torno de 15% cada.

Nenhum dos partidos é esperado para garantir uma maioria absoluta nas eleições. A previsão é de que a maior oposição conquiste mais assentos e lidere as negociações para a formação de um novo governo de coalizão.

A campanha ocorre em um contexto de crescente polarização política no país, especialmente em relação à imigração. Nos últimos dias, a Alemanha tem sido palco de uma série de ataques envolvendo suspeitos refugiados, o que tem intensificado o debate público sobre o tema.

Na sexta-feira (23), um turista sofreu ferimentos graves no pescoço após ser atacado com uma faca no centro de Berlim. A polícia deteve um refugiado sírio de 19 anos e investiga o caso sob suspeita de tentativa de homicídio. O incidente contribuiu para aumentar a atenção sobre o crescimento do apoio ao AfD, especialmente entre eleitores insatisfeitos com a política de imigração do governo.