Seul, província de Seul, Coreia do Sul, 15 de abril de 2025 – Yonhap News Agency – Duas das principais entidades empresariais da Coreia do Sul realizaram uma doação conjunta de 3 bilhões de won — mais de 2 milhões de dólares — a uma fundação que indeniza vítimas sul-coreanas do trabalho forçado por empresas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.
A fundação, apoiada pelo governo sul-coreano, é responsável por compensar financeiramente os que alegam ter sido forçados, ou que tiveram parentes forçados, a trabalhar para companhias japonesas durante o conflito.
A Câmara de Comércio e Indústria da Coreia e a Federação das Indústrias da Coreia contribuíram com 1,5 bilhão de won cada, marcando a primeira vez que organizações comerciais participam diretamente do financiamento da fundação.
Essas doações chegam em um momento crítico. Após decisões favoráveis às vítimas emitidas pela Suprema Corte sul-coreana entre 2023 e 2024, a fundação enfrentava dificuldades financeiras, com um déficit estimado de cerca de 6 bilhões de won mesmo após os recentes aportes.
Até então, a principal financiadora da fundação era a siderúrgica POSCO, que recebeu apoio econômico do Japão com base no acordo bilateral firmado em 1965, quando os dois países normalizaram suas relações diplomáticas.
Segundo uma fonte do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano, as entidades empresariais decidiram contribuir para reconhecer o sofrimento histórico das vítimas e cumprir com sua responsabilidade social.
O Japão, por sua vez, mantém a posição de que quaisquer reivindicações relacionadas ao período de guerra foram resolvidas definitivamente com o tratado de 1965. A divergência quanto à interpretação desse acordo continua sendo um ponto sensível nas relações bilaterais.
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