Pequim, província de Pequim, China – 13 de abril de 2025, NHK World-Japan – O governo chinês passou a aplicar, neste sábado (12), tarifas adicionais de 125% sobre produtos importados dos Estados Unidos, aprofundando a tensão comercial entre as duas maiores economias do planeta.
A decisão de Pequim surge como uma retaliação direta à política tarifária norte-americana, após a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevar suas sanções a um total de 145% sobre produtos chineses, conforme anunciado na quinta-feira (10).
Na sexta-feira (11), o governo da China confirmou que não apenas igualaria a resposta, mas também deixaria de considerar quaisquer aumentos futuros que venham de Washington.
Em pronunciamento oficial, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês criticou os EUA por transformarem a disputa tarifária em um “jogo de números sem sentido econômico prático”, destacando que o foco deveria ser o equilíbrio e a cooperação comercial.
Já a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou em coletiva na sexta-feira (11) que a postura chinesa não favorece nenhum dos lados. “Se a China pretende chegar a um acordo com os Estados Unidos, retaliar não é o caminho. O presidente está aberto ao diálogo, mas manterá a tarifa em 145%”, declarou.
O confronto tarifário atual é incomum pela sua intensidade: tarifas bilaterais acima de 100% são raras e podem causar impactos severos na economia global, comprometendo cadeias de suprimento, preços e estabilidade de mercados emergentes.
Ainda é incerto como a escalada da disputa comercial entre Washington e Pequim vai se desenvolver nas próximas semanas e meses, mas analistas alertam que o prolongamento dessa guerra tarifária poderá gerar reflexos negativos em todo o mundo.
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