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Tratado de proibição de armas nucleares adota declaração política

Acordo da ONU reforça o compromisso com um mundo livre de armas nucleares.

Nova York, EUA, 9 de março de 2025 – Agência Reuters – A Conferência das Partes do Tratado de Proibição de Armas Nucleares da ONU foi concluída com a adoção de uma declaração política, que faz um apelo para fortalecer o compromisso global em criar um mundo livre de armas nucleares, especialmente diante da crescente instabilidade mundial. A terceira reunião dos Estados Partes ocorreu na sede da ONU em Nova York, reunindo representantes de países de todo o mundo durante cinco dias, até sexta-feira (7).

A declaração final enfatizou que “os crescentes perigos da proliferação nuclear e da possível corrida armamentista nuclear exigem ações imediatas e decisivas da comunidade internacional”, instando todos os países a aderirem ao tratado. O documento também alerta que o avanço de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, incorporadas aos sistemas de armas nucleares, “aumentam os riscos de uso de armas nucleares”.

Além disso, a declaração mencionou a continuidade das discussões sobre a criação de um fundo internacional para assistência às vítimas e a recuperação ambiental das áreas afetadas pelas explosões nucleares.

O evento ocorreu logo após a vitória do grupo Nihon Hidankyo, que representa os sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz no ano passado. As vozes dos sobreviventes, pedindo a eliminação das armas nucleares, tiveram ainda mais destaque do que nas duas reuniões anteriores.

No entanto, diferenças nas posições dos países, especialmente sobre a questão da dissuasão nuclear, ficaram evidentes, especialmente em meio à prolongada invasão russa à Ucrânia.

Este ano, nenhum dos países membros da OTAN, que estão sob o guarda-chuva nuclear dos EUA, participou como observador, após a presença de alguns membros da aliança nas reuniões anteriores.

Uma conferência de revisão do tratado está prevista para o próximo ano, e a expectativa é se o apoio ao tratado crescerá, avançando na direção da abolição das armas nucleares.

SourceNHK

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