Okinawa, Japão, 27 de março de 2025, Agência de Notícias Kyodo – O Japão relembrou os 80 anos do início da Batalha de Okinawa, um dos conflitos mais sangrentos da Segunda Guerra Mundial, que resultou na morte de mais de 200 mil pessoas. As forças americanas desembarcaram pela primeira vez na ilha de Zamami, no arquipélago de Kerama, a cerca de 40 quilômetros da ilha principal de Okinawa.
Nesta quarta-feira (26), uma cerimônia foi realizada na vila de Zamami, onde moradores locais se reuniram para homenagear as cerca de 1.200 vítimas da região, cujos nomes estão gravados no cenotáfio da Torre da Paz. Entre os mortos, centenas de civis tiraram a própria vida no desespero do conflito. A prefeitura de Okinawa estima que mais de 560 pessoas tenham cometido suicídio coletivo, muitas usando granadas fornecidas pelo então Exército Imperial Japonês.
Casos semelhantes ocorreram em várias partes da ilha principal de Okinawa e na ilha de Iejima. Acredita-se que muitos civis tenham sido levados ao suicídio por ensinamentos escolares e militares que os incentivavam a evitar a captura como prisioneiros de guerra.
Takaesu Toshiko, uma sobrevivente de 93 anos, expressou sua esperança de que as futuras gerações não precisem reviver o sofrimento da guerra. “Não quero que meus netos e bisnetos passem pelo medo e pela dor que senti naquela época. Rezo para que esta paz continue por muito tempo”, declarou.
Com o passar dos anos, a transmissão das memórias do conflito para as novas gerações tem se tornado um desafio, já que o número de sobreviventes vivos diminui a cada ano.
- Zelensky rejeita acordo mineral com EUA por falta de garantias - 30 de março de 2025 7:09 am
- Grande terremoto de 7.7 em Mianmar deixa pelo menos 1.600 mortos - 30 de março de 2025 6:59 am
- Trump e Carney mantêm primeiro diálogo “produtivo” - 30 de março de 2025 2:45 am