Rafah, Gaza, 24 de março de 2025 – Agência Reuters – As forças israelenses anunciaram neste domingo (23) a intensificação de operações militares contra organizações terroristas na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e emitiram alertas para que os residentes evacuem a área.
O anúncio ocorre após um ataque aéreo israelense em Khan Younis, também no sul de Gaza, que resultou na morte de Salah Bardawil, um importante líder do grupo terrorista Hamas.
Bardawil foi morto durante o ataque, confirmou o Hamas. Enquanto isso, Israel justificou a operação em Rafah como uma medida necessária para neutralizar ameaças de grupos armados na região. As autoridades israelenses pediram que os civis deixem a área imediatamente, mas não forneceram detalhes sobre para onde as pessoas devem se deslocar.
O conflito na região continua a atrair atenção internacional. Kaja Kallas, chefe de política externa da União Europeia (UE), visitará Israel e os territórios palestinos ocupados na segunda-feira (24) para pressionar pela retomada imediata do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns israeleneses. Kallas se reunirá com o presidente israelense, Isaac Herzog, e o líder da oposição, Yair Lapid, mas não terá encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Durante visita ao Egito no domingo (23), Kallas reiterou o compromisso da UE em ajudar na reconstrução de Gaza, mas afirmou que o bloco não apoia “qualquer participação do Hamas” no futuro governo do enclave. A declaração reflete a posição da UE de considerar o Hamas uma organização terrorista, enquanto busca uma solução duradoura para o conflito.
Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza continua crítica, com milhares de civis deslocados e infraestruturas essenciais destruídas. Organizações internacionais pedem um cessar-fogo imediato e o acesso irrestrito de ajuda humanitária à região.
A escalada do conflito em Rafah e a morte de um líder do Hamas destacam a complexidade da crise no Oriente Médio, com poucos sinais de uma resolução pacífica no horizonte próximo. A comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos, enquanto civis pagam o preço mais alto pela violência.
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