EUA rejeitam a Agenda 2030 da ONU e os ODS

Nova York, Estados Unidos, 8 de março de 2025 (Japan Standard Time) – NHK News – Na última terça-feira (4), o representante dos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU, Edward Heartney, denunciou a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), enfraquecendo as perspectivas para a concretização dessas metas globais. Heartney afirmou que a Agenda 2030 e os ODS representam um programa de “governança global suave” que prejudica os direitos e interesses dos americanos.

O representante dos EUA também mencionou que o ex-presidente Donald Trump havia traçado uma “correção de curso clara e atrasada” em relação às ideologias de gênero e clima, que, segundo ele, permeiam os ODS. Para o governo norte-americano, as políticas propostas pela ONU estão em desacordo com as prioridades do país, especialmente no que se refere ao impacto das mudanças climáticas e questões de gênero.

Durante a sessão, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por ampla maioria, uma resolução que cria o “Dia Internacional da Coexistência Pacífica” e reafirma o compromisso com a Agenda 2030, que inclui os ODS. No entanto, os Estados Unidos, Israel e Argentina votaram contra a resolução, o que demonstra a oposição contínua de alguns países às diretrizes globais.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU incluem metas como a erradicação da pobreza e da fome, a promoção da igualdade de gênero e ações concretas contra as mudanças climáticas. Com o veto dos EUA, a realização dessas metas, que têm como prazo final 2030, se torna mais difícil.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, comentou que os países membros da ONU “falarão e votarão como desejarem”, ressaltando que a Agenda 2030 foi adotada por consenso em 2015 e segue sendo uma diretriz para as ações da organização, com o objetivo de promover um mundo de paz, prosperidade e dignidade para todos.