Cessar-fogo entre grupo terrorista Hamas e Israel chega ao fim

Gaza, Palestina, 19 de março de 2025, Reuters – O cessar-fogo entre o grupo terrorista Hamas e Israel, que vigorava desde 19 de janeiro, foi interrompido nesta terça-feira (18) após a retomada de ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza. De acordo com o Hamas, os bombardeios resultaram em mais de 400 mortes

O cessar-fogo inicial previa a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza, a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos. No entanto, as negociações estagnaram, levando à escalada do conflito.

Autoridades israelenses justificaram a ofensiva devido à recusa do Hamas em liberar os 59 reféns restantes, incluindo cidadãos americanos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que “os portões do inferno se abrirão em Gaza” caso os reféns não sejam libertados.

Em resposta, o Hamas acusou Israel de romper o acordo de cessar-fogo e colocar em risco os prisioneiros em Gaza. O grupo afirmou que Netanyahu e seu governo extremista decidiram derrubar o acordo, colocando os prisioneiros em risco de um destino desconhecido.

A comunidade internacional expressou preocupação com a escalada da violência. A embaixadora interina dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea, afirmou que a responsabilidade pela retomada das hostilidades recai unicamente sobre o Hamas e que os EUA apoiam as ações de Israel. Shea também exigiu a liberação imediata dos reféns, alertando sobre graves consequências caso isso não ocorra.

Enquanto isso, os moradores de Gaza receberam ordens do Exército israelense para abandonar as zonas fronteiriças, aumentando os temores de uma nova ofensiva terrestre. A situação humanitária na região, pode se deteriorar ainda mais com a retomada dos confrontos.

Analistas temem que a escalada do conflito possa desestabilizar ainda mais o Oriente Médio, tornando mais difícil a retomada de negociações de paz no futuro próximo.