Aprovação do governo de Ishiba cai para 36%, revela pesquisa

Tóquio, Japão, 11 de março de 2025, Agência NHK – A mais recente pesquisa de opinião realizada pela NHK revelou que a taxa de aprovação do gabinete do primeiro-ministro japonês Ishiba Shigeru caiu para 36%, uma queda de 8 pontos percentuais em comparação ao mês passado. Já a taxa de desaprovação subiu para 45%, um aumento de 10 pontos percentuais.

A pesquisa, conduzida por telefone entre sexta-feira (7) e domingo (9), contou com a participação de mais de 1.200 pessoas. Entre os que aprovam o gabinete, 40% afirmaram que o governo de Ishiba parece ser melhor do que as alternativas possíveis, 24% expressaram confiança no primeiro-ministro e 17% disseram que o gabinete é composto por partidos políticos que eles apoiam.

Por outro lado, entre os que desaprovam o governo, 39% disseram que têm baixas expectativas em relação às políticas do gabinete, 23% afirmaram que o governo carece de capacidade para implementar suas políticas e 13% disseram não confiar em Ishiba.

Recentemente, a Câmara Baixa aprovou o projeto de orçamento para o próximo ano fiscal após revisões feitas com base em um acordo entre o Partido Liberal Democrático (PLD), seu parceiro de coalizão Komeito e o Partido de Inovação do Japão. O governo, no entanto, não possui uma maioria absoluta na câmara baixa.

Em relação a essa aprovação, apenas 3% dos entrevistados disseram que a aprovação do projeto é “muito boa”, enquanto 40% consideraram que foi “bastante boa”, 34% acham que não foi tão boa e 14% disseram que não foi boa.

Sobre as mensalidades escolares de ensino médio, o PLD, Komeito e o Partido de Inovação do Japão concordaram em eliminar o limite de renda para tornar a educação gratuita. Quando questionados sobre essa medida, 15% consideraram uma “muito boa ideia”, 36% acharam “bastante boa”, 28% disseram que não é “muito boa” e 16% acham que não é “boa”.

Já em relação ao aumento do limite de tributação mínima, os partidos do governo propuseram aumentar o limite de 1,03 milhão de ienes (aproximadamente 7.000 dólares) para cerca de 10.900 dólares para pessoas com rendimentos anuais mais baixos. No entanto, a coalizão não conseguiu a aprovação do Partido Democrático para o Povo.

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre o impacto das tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a partir de 2 de abril. Cerca de 79% dos entrevistados expressaram preocupação sobre o impacto na economia do Japão, enquanto 10% não se mostraram preocupados.

Além disso, o governo japonês decidiu liberar arroz de seu estoque nacional para estabilizar a distribuição do produto, diante da alta nos preços do alimento. Espera-se que o arroz chegue às prateleiras ainda este mês. Quando questionados sobre o impacto dessa medida nos preços, 27% acreditam que os preços irão cair, enquanto 63% consideram que não haverá redução nos preços.