Trump propõe que EUA assumam controle da Faixa de Gaza

Washington, D.C., Estados Unidos, 7 de fevereiro de 2025 (Associated Press) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs que o país assuma o controle da Faixa de Gaza após a conclusão dos conflitos na região. Em declaração na rede social Truth Social, Trump afirmou que “a Faixa de Gaza será entregue aos Estados Unidos por Israel ao fim dos combates” e que os palestinos seriam “reassentados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região”. Ele acrescentou que “não seriam necessários soldados americanos” e que “a estabilidade na região reinaria”.

A proposta, apresentada inicialmente durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sugere transformar Gaza em uma “riviera do Oriente Médio”, com reconstrução liderada por equipes internacionais. Trump mencionou que os palestinos seriam realocados para países vizinhos, como Jordânia e Egito, embora ambos tenham rejeitado publicamente a ideia.

A comunidade internacional reagiu com indignação à proposta, considerando-a uma forma de “limpeza étnica” da população palestina. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, ressaltou que “qualquer transferência ou deportação forçada de pessoas de um território ocupado é estritamente proibida” e que “o direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os Estados”.

Analistas políticos observam que a proposta de Trump reflete ambições imperialistas reminiscentes de eras passadas da política americana, comparando-a às iniciativas expansionistas de presidentes como Teddy Roosevelt e Andrew Jackson. Enquanto alguns veem a ideia como uma tentativa de revitalizar a influência dos EUA no Oriente Médio, outros a criticam por desconsiderar os direitos e a autodeterminação do povo palestino.

A proposta de Trump gerou debates acalorados tanto nos Estados Unidos quanto no cenário internacional, com muitos questionando a viabilidade e as implicações éticas de tal iniciativa.