Cidade do Panamá, Panamá, 4 de fevereiro de 2025 (Agência de Notícias EFE) – O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, afirmou que o país não renovará o acordo firmado com a China em 2017 referente à Iniciativa do Cinturão e Rota (Belt and Road). A decisão foi comunicada ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, durante uma reunião no último domingo (3).
Mulino garantiu que a soberania do Canal do Panamá continua sendo do país e que não há dúvidas quanto à sua administração. “Não há qualquer incerteza de que o canal é operado por nossa nação e continuará a ser assim”, declarou o presidente.
Ao mesmo tempo, ele reconheceu as preocupações dos Estados Unidos sobre a influência chinesa na operação da via estratégica. Mulino revelou que autoridades panamenhas estão conduzindo auditorias em uma empresa de Hong Kong responsável pela administração de dois portos próximos às entradas do canal, e que o governo aguarda os resultados dessas investigações.
O presidente também mencionou a possibilidade de encerrar o acordo com a China antes do prazo previsto. Além disso, Mulino discutiu com Rubio o fortalecimento das medidas para a repatriação de imigrantes ilegais da América Central e do Sul que utilizam o Panamá como rota para chegar aos Estados Unidos.
A decisão de não renovar o acordo sinaliza um reposicionamento da política externa panamenha e pode impactar as relações comerciais do país com a China, um dos seus principais parceiros econômicos nos últimos anos.
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