Tóquio, Japão, 16 de fevereiro de 2025, NHK – O governo japonês anunciou hoje que solicitou formalmente aos Estados Unidos a exclusão do Japão das tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, previstas para entrar em vigor em 12 de março.
Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, afirmou que o pedido foi apresentado pela delegação japonesa que visitou recentemente os EUA, liderada pelo primeiro-ministro Shigeru Ishiba. “Estamos cientes da emissão do decreto presidencial sobre taxas alfandegárias adicionais sobre o aço e o alumínio (…). Solicitamos ao governo norte-americano que exclua o nosso país destas medidas”, disse Hayashi aos jornalistas. O pedido foi feito pela embaixada japonesa nos Estados Unidos. “O Japão estudará cuidadosamente o conteúdo das medidas e o seu impacto no nosso país e tomará as medidas necessárias”, acrescentou Hayashi.
A preocupação surgiu após o presidente dos EUA, Donald Trump, assinar recentemente decretos que estabelecem tarifas de 25% sobre essas importações, sem exceções ou isenções. Essas medidas afetam todos os países exportadores, incluindo parceiros econômicos que anteriormente estavam isentos, como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
Em 2022, o Japão obteve uma cota para exportar 1,25 milhão de toneladas de aço por ano para os Estados Unidos. Atualmente, o alumínio japonês está sujeito a tarifas alfandegárias de 10%. O governo japonês está avaliando o impacto dessas novas tarifas e considera adotar medidas necessárias para proteger suas indústrias.
Outros países, como Austrália e México, também solicitaram isenções ou expressaram preocupações sobre as tarifas impostas pelos EUA. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou que Trump concordou em considerar uma isenção para seu país. Enquanto isso, o México apelou ao presidente norte-americano para não desequilibrar as relações comerciais e o crescimento na América do Norte.
Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas posteriormente concedeu cotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo Canadá, México, Austrália e Brasil. O Japão busca agora uma exclusão similar para evitar impactos negativos em sua economia e no setor industrial.
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