Rarotonga, Ilhas Cook, 19 de fevereiro de 2025 (AFP) — O primeiro-ministro das Ilhas Cook, Mark Brown, e o premier chinês Li Qiang concordaram em aprofundar a cooperação bilateral em diversas áreas, incluindo comércio, investimentos, infraestrutura e mudanças climáticas. O acordo, assinado na sexta-feira (14), vem após a visita oficial de Brown à China, a primeira de um líder das Ilhas Cook ao país em uma década.
O fortalecimento das relações com a China, no entanto, gerou um impasse diplomático com a Nova Zelândia, que mantém uma relação política especial com as Ilhas Cook. O país tem sido autônomo, mas em livre associação com a Nova Zelândia, que tem compromissos de defesa com o pequeno arquipélago no Pacífico Sul.
A Nova Zelândia expressou seu descontentamento com o fato de não ter sido consultada sobre o acordo com Pequim. O ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Winston Peters, disse em comunicado que a falta de consulta é uma “questão de grande preocupação” para o governo neozelandês.
Por outro lado, o primeiro-ministro Brown afirmou que o pacto com a China “complementa, e não substitui”, o relacionamento de longa data com a Nova Zelândia, reafirmando que as Ilhas Cook continuam a valorizar sua parceria com seu vizinho mais próximo. No entanto, a Nova Zelândia tem expressado preocupações sobre a crescente influência de Pequim nas nações insulares do Pacífico, especialmente após mudanças diplomáticas em países como as Ilhas Salomão e Kiribati, que deixaram Taiwan para estabelecer relações com a China.
O recente desenvolvimento sublinha as tensões crescentes no Pacífico Sul, onde Pequim tem investido pesadamente em acordos de desenvolvimento, atraindo vários países para sua esfera de influência.
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