New York, EUA – 20 de fevereiro de 2025 – Agência Reuters – A exchange de criptomoedas Bybit foi alvo do maior roubo de criptoativos da história, com hackers roubando aproximadamente US$ 1,5 bilhão em ativos digitais. O ataque, que comprometeu a “cold wallet” da empresa, um sistema de armazenamento offline criado para garantir a segurança dos fundos, superou em muito roubos anteriores no setor.
A maioria dos fundos roubados estava em ether, uma das criptomoedas mais populares. Os criminosos transferiram rapidamente os valores roubados para várias carteiras e liquidaram os ativos por meio de diversas plataformas. A empresa foi rápida em comunicar que as outras “cold wallets” estavam seguras e que os saques continuavam funcionando normalmente.
O hack foi rastreado por empresas de análise de blockchain, como Elliptic e Arkham Intelligence, que seguiram os fundos roubados enquanto eram movimentados entre diferentes contas e convertidos em dinheiro. De acordo com a Elliptic, esse roubo supera o ataque de US$ 611 milhões à Poly Network em 2021 e o roubo de US$ 570 milhões do token BNB da Binance em 2022.
Análises posteriores ligaram o ataque ao Lazarus Group, um coletivo hacker patrocinado pelo governo norte-coreano, conhecido por explorar vulnerabilidades de segurança para desviar bilhões de dólares da indústria de criptomoedas. Esse grupo utiliza métodos sofisticados de lavagem de dinheiro para ocultar o fluxo dos fundos, muitas vezes com o objetivo de financiar o regime da Coreia do Norte.
“Marcamos os endereços dos criminosos em nosso software para ajudar a evitar que esses fundos sejam convertidos em outras exchanges”, afirmou Tom Robinson, cientista-chefe da Elliptic.
O ataque gerou uma onda de retiradas da Bybit, à medida que os usuários temiam uma possível insolvência da exchange. No entanto, o CEO da Bybit, Ben Zhou, afirmou que as retiradas haviam se estabilizado e anunciou que a empresa havia obtido um empréstimo ponte de parceiros não revelados para cobrir perdas não recuperáveis e manter as operações.
O Lazarus Group tem um histórico de ataques a plataformas de criptoativos desde 2017, quando invadiu quatro exchanges sul-coreanas e roubou US$ 200 milhões em bitcoin. Enquanto agências de segurança e empresas de rastreamento de criptoativos trabalham para rastrear os ativos roubados, especialistas alertam que os roubos em larga escala continuam a ser um risco fundamental para o setor.
“Quanto mais difícil for lucrar com crimes como este, menos frequentes eles serão”, escreveu Robinson, da Elliptic, em uma postagem.
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