Camberra, Austrália, 24 de fevereiro de 2025 – Agência Reuters – Exercícios navais com tiros ao vivo realizados pela China em águas internacionais entre a Austrália e a Nova Zelândia forçaram o desvio de rotas de voos comerciais, segundo o ministro da Defesa australiano, Richard Marles. As manobras foram anunciadas com pouco aviso prévio, causando transtornos a companhias aéreas como Emirates e Qantas.
Em entrevista a uma rádio local na sexta-feira (21), Marles destacou que, embora exercícios militares em alto-mar não violem o direito internacional, a falta de comunicação prévia foi problemática. “Normalmente, tentamos dar um aviso de 12 a 24 horas para que as companhias aéreas possam se planejar adequadamente”, afirmou.
O ministro também revelou que expressou as preocupações da Austrália a Pequim, descrevendo a situação como “muito perturbadora” para os aviões em pleno voo. Em resposta, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que a marinha chinesa realizou o treinamento de forma “segura, padrão e profissional”, em conformidade com o direito internacional.
Autoridades do Ministério da Defesa australiano destacaram que a presença chinesa na região é incomum, levantando questões sobre a intensificação de atividades militares no Pacífico. O incidente reforça as tensões geopolíticas na área, enquanto a Austrália busca garantir a segurança de suas rotas aéreas e marítimas.
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