Riade, Arábia Saudita, 19 de fevereiro de 2025 (Reuters) — Diplomatas dos Estados Unidos e da Rússia iniciaram uma série de negociações em Riade, capital da Arábia Saudita, para discutir formas de encerrar a guerra na Ucrânia. O conflito, iniciado pela invasão russa em 2022, já perdura por quase três anos e continua a causar devastação no país.
A delegação dos Estados Unidos é composta pelo Secretário de Estado Marco Rubio, pelo Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz e pelo enviado especial para o Oriente Médio Steve Witkoff. A delegação russa, por sua vez, é liderada pelo Ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov e pelo assessor de assuntos exteriores do presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, que chegaram a Riade na noite de segunda-feira (17).
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as negociações têm como objetivo preparar um possível encontro entre Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump, além de discutir os próximos passos nas conversas sobre o conflito ucraniano. Ushakov, em declaração à imprensa, ressaltou que o ponto crucial será determinar se ambos os lados conseguem chegar a um entendimento sobre como iniciar um diálogo formal sobre a Ucrânia.
Em entrevista ao programa “CBS News” no domingo (16), Rubio afirmou que os Estados Unidos irão avaliar se a Rússia está disposta a negociar de forma séria para resolver o conflito. Segundo o diplomata, “um processo de paz não ocorre em uma única reunião. Essa guerra já dura muito tempo. É difícil e complicado”.
Por outro lado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, declarou na segunda-feira (17) que seu país não participará das negociações em Riade, ressaltando que a Ucrânia não tinha conhecimento sobre essas discussões. “Não podemos reconhecer qualquer coisa, qualquer acordo feito sobre nós sem nossa participação, e não reconheceremos tais acordos”, afirmou Zelenskyy.
As conversações em Riade marcam um momento importante no cenário internacional, com as duas potências nucleares buscando uma solução para o conflito que afeta não apenas a Ucrânia, mas também as relações globais e a estabilidade no leste europeu.
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