Washington, D.C., Estados Unidos, 24 de fevereiro de 2025 – Agência Associated Press – A Associated Press (AP) entrou com uma ação judicial contra altos funcionários do governo de Donald Trump na sexta-feira (21), buscando reverter o banimento de seus repórteres do Salão Oval da Casa Branca e do avião presidencial Air Force One. A agência de notícias alega que a medida viola a liberdade de expressão e de imprensa, garantidas pela Constituição dos Estados Unidos.
O processo, movido no Tribunal Distrital de Washington, tem como alvos a chefe de gabinete da Casa Branca, Susan Wiles, o vice-chefe de gabinete, Taylor Budowich, e a secretária de imprensa, Karoline Leavitt. A AP argumenta que, como uma agência global de notícias, deve garantir que “nomes de lugares e geografia sejam reconhecíveis para todos os públicos”.
A controvérsia começou após o presidente Trump assinar uma ordem executiva em janeiro para renomear o Golfo do México como “Golfo da América”. A AP continuou a usar o termo tradicional em suas publicações, o que levou à proibição de seus repórteres em eventos oficiais e espaços restritos.
No processo, a agência afirma que “a imprensa e todos os cidadãos dos Estados Unidos têm o direito de escolher suas próprias palavras e não sofrer retaliações do governo”. A ação também alerta que “permitir esse controle e retaliação do governo é uma ameaça à liberdade de todos os americanos”.
A Casa Branca ainda não se manifestou sobre o processo. O caso reacende o debate sobre a relação entre a administração Trump e a imprensa, marcada por tensões frequentes desde o início de seu mandato.
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