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Apoiadores de Navalny homenageiam líder um ano após sua morte

Simpatizantes e líderes europeus relembram legado de Alexei Navalny em cerimônias emocionantes

Moscou, Rússia, 17 de fevereiro de 2025 (Agência de Notícias Reuters) – No primeiro aniversário da morte de Alexei Navalny, apoiadores e líderes europeus se reuniram para prestar homenagens e condenar o papel do Kremlin. Navalny, destacado líder da oposição russa, faleceu em uma colônia penal no Ártico em 2024.

Em Moscou, apesar das temperaturas congelantes e do risco de prisões, muitos visitaram seu túmulo, enquanto sua viúva, Yulia Navalnaya, discursou em Berlim. O chanceler alemão Olaf Scholz e a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, responsabilizaram Vladimir Putin pela morte de Navalny, destacando sua luta pela democracia na Rússia. Eles também pediram a libertação de prisioneiros políticos. Navalnaya instou a continuidade da resistência contra Putin e a preservação do legado de Navalny.

Sua morte permanece ambígua e ocorreu pouco antes de uma eleição presidencial que estendeu o governo de Putin. Navalny já havia sobrevivido a um envenenamento e continuou desafiando o Kremlin mesmo preso.

Um ano após a morte de Navalny, a oposição russa permanece fragmentada e enfraquecida. Conhecido por seu carisma e campanhas anticorrupção que conquistaram amplo apoio, sua ausência deixou um vazio significativo.

Diversos grupos de oposição têm enfrentado dificuldades para se unir e formar uma estratégia coerente contra o Kremlin.

Apesar das acusações mútuas e disputas por influência, a mensagem de Navalny continua viva por meio de sua Fundação Anticorrupção. Yulia Navalnaya prometeu continuar a luta de seu marido, defendendo os russos que se opõem a Putin.

Apoiadores comemoraram o aniversário de sua morte visitando seu túmulo, demonstrando contínua resistência ao regime. A oposição enfrenta repressões constantes, mas dissidentes-chave permanecem ativos no exílio. Navalny é lembrado por sua postura firme contra a corrupção e sua visão de uma Rússia democrática.

Em dezembro de 2024, Yulia Navalnaya convocou os apoiadores a projetarem uma “lápide popular” para seu falecido marido.

Ela anunciou um concurso para que os simpatizantes enviassem designs até o final de janeiro, com uma votação final para selecionar o projeto em 16 de fevereiro, no primeiro aniversário da morte de Navalny.

Navalnaya enfatizou que a lápide deveria simbolizar esperança, força e a luta pela liberdade. Atualmente, como presidente da Human Rights Foundation, baseada nos Estados Unidos, ela enfrenta acusações de extremismo na Rússia e risco de prisão caso retorne.

Apesar das alegações contínuas contra o Kremlin em relação à morte de seu marido, a inteligência dos EUA não implicou o presidente Putin. Navalnaya espera visitar o túmulo de seu marido no futuro e almeja ver um memorial unificado criado em sua homenagem.

Em 4 de junho de 2024, apoiadores de Navalny, juntamente com sua mãe e sogra, compareceram ao cemitério de Borisovo, em Moscou, para prestar homenagem ao político que completaria 48 anos.

Mensagens como “Você estará sempre vivo” e “Não vamos desistir” foram deixadas no túmulo de Navalny.

Os apoiadores cobriram o local com flores e participaram de uma cerimônia religiosa conduzida pelo padre Dimitri Safronov, que foi sancionado pela Igreja russa após celebrar o funeral do político.

A mãe de Navalny, Liudmila, e sua sogra também estiveram presentes na homenagem. Eventos similares ocorreram em outras cidades russas e no exterior, como em Berlim.

A família de Navalny responsabiliza o Kremlin por sua morte, que, segundo os serviços prisionais russos, ocorreu após ele se sentir mal durante um passeio na prisão onde estava detido.

Em dezembro de 2023, Navalny foi transferido de uma prisão na região de Vladimir para uma instalação em Jarp, no Círculo Polar Ártico. Ele já havia sobrevivido a uma tentativa de assassinato por envenenamento com o agente químico Novichok em 2020.

Centenas de russos continuam visitando o cemitério de Borisovo para levar flores ao túmulo de Navalny.

A polícia mantém detectores de metais e revista cuidadosamente cada visitante que se aproxima do cemitério para prestar homenagem ao político falecido. Embora a presença policial seja menor do que no dia do funeral, medidas de segurança ainda estão em vigor.

O cemitério teve de fechar e reabrir suas portas em diversas ocasiões devido ao grande fluxo de pessoas que desejavam se despedir do opositor. Mais de 100 pessoas foram detidas em toda a Rússia durante o funeral de Navalny.

Embora o funeral tenha ocorrido na capital russa, o maior número de detenções ocorreu nas cidades siberianas de Novosibirsk e Omsk.

Em Moscou, 14 pessoas foram detidas, enquanto em Ekaterimburgo, considerada a cidade mais liberal do país, foram registradas dez detenções.

O funeral em Moscou transcorreu sem incidentes significativos, tanto nos arredores da igreja de Mariino, onde foi realizado o velório, quanto no cemitério de Borisovo.

O público presente entoou palavras de ordem e ergueu cartazes contra a guerra e o Kremlin, embora os gritos de “Putin assassino!” tenham sido esporádicos.

Tanto a família de Navalny quanto seus correligionários e grande parte do Ocidente responsabilizam diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, pela morte de Navalny.

SourceNHK

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