Depressão: entenda sintomas, causas e tratamentos

Konan, Shiga, Japão 24 de janeiro de 2025 – Dr. Marcos Ribeiro de Souza (Psicólogo) – A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o Mal do Século. Iremos entender o motivo de receber esta definição. No sentido psicopatológico e psicossomáticos, seus sintomas, causas e tratamentos.

A depressão é uma doença psiquiátrica, que por sua vez produz alteração e oscilação de humor, tendo os sintomas mais comuns, como tristeza profunda, com duração de no mínimo 15 dias ou mais seguidos, desesperança, perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas, falta de ânimo, baixa autoestima e sentimento de culpa, geralmente acompanhado de distúrbio do sono e de apetite (ambos em excesso ou de forma diminuída).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa de 5% dos adultos em todo mundo sofre depressão, aproximadamente 389 milhões de pessoas.

O suicídio está associado com a depressão?
A ideação suicida ou o pensamento suicida está fortemente associado a sintomas depressivos, em especial com a falta de vontade e de prazer em executar atividades antes prazerosas, e também com o humor deprimido. De uma forma muito abrangente, os pacientes com depressão são acompanhados de pensamentos negativos com grande frequência, servindo de ponte e facilitação a falta de vontade de viver, aumentando o humor depressivo. Grande parte das pessoas com ideação suicida, não sentem coragem de efetuar o mesmo, como apego a família, em especial aos filhos.

Lembrando que o suicídio e a ideação suicida não é única e exclusivamente associado com a depressão, mas um fenômeno complexo multifatorial como: esquizofrenia, uso de drogas, questões familiar, e situação financeira precária, desespero entre outros. Sempre que houver ideação suicida é aconselhável buscar ajuda médica psiquiátrica e acompanhamento com psicológico para trabalhar a autoestima e gatilhos para minimizar e inverter os pensamentos negativos, principais causadores de suicídios.

A depressão na tratada pode piorar, aumentando os sintomas que já existem ou intensificando os já existentes e até mesmo trazendo outros transtornos psicológicos. É interessante, de fundamental importância, buscar um diagnóstico de um profissional para ser tratado corretamente.

Cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas todos os anos, equivalente uma a cada 40 segundos.

Sintomas da Depressão
Como já citamos anteriormente, entretanto, vamos enfatizar aqui alguns sintomas mais comuns:
• Apatia, falta de motivação generalizada, até mesmo por atividades antes muito prazerosas;
• Dificuldade de concentração;
• Perda ou aumento do apetite;
• Alto grau de pessimismo;
• Dificuldade de tomar decisões;
• Insegurança;
• Mudança de humor;
• Alteração no sono (insônia ou excesso de sono);
• Cansaço físico, sensação de corpo pesado;
• Angústia, tristeza profunda sem saber explicar motivos reais.

Dentre os sintomas, nos casos de alteração de humor, do sono e do apetite, é fundamental buscar ajuda médica, para que o psiquiatra auxilie na medicação também para a insônia, ou o sono excessivo, pois também não sendo tratado dificultará na recuperação e trazendo ainda maiores prejuízos na saúde física e mental, aumentado a irritabilidade, o cansaço psicofísico.

Não necessariamente, mas pode aparecer no início, dois ou mais sintomas, por isso a importância de buscar ajuda o quanto antes, pois geralmente os sintomas tendem a aumentar.

Sintomas Depressivos na Mente
Mentalmente, os sintomas são: a sensação de vazio; a pessoa se irrita com facilidade e com maior frequência que o habitual; seu raciocínio fica mais lento e pode afetar também a memória, com esquecimentos; ansiedade e angústia.

Sintomas Depressivos no Corpo
Como consequência o corpo responderá com: dor de barriga; má digestão; azia; constipação; flatulência excessiva (soltar gases com frequência); tensão muscular, especialmente na nuca e nos ombros; dores de cabeça; dores no corpo; pressão no peito, tipo pontadas.

Onde Buscar Ajuda:

Na Psiquiatria e Psicologia
Os especialistas mais comuns para buscar ajuda em estado depressivo, podem ser o psiquiatria ou a psicologia. Não importa qual desses venha buscar ajuda primeiro, é fundamental que procure um dos dois, e se houver necessidade eles deverão encaminhar para outros profissionais de saúde, conforme cada caso individualmente analisado.

No Japão não é muito comum, os psiquiatras pedirem ou fazerem encaminhamento de pacientes para psicoterapias, por tanto, fiquem alertas e atentos com isso, pois ambos são de total importância para a eficácia e rapidez do tratamento para a depressão. Talvez por isso, as clínicas psiquiátricas estão sempre cheias, com dificuldade de vagas para encaixe, no geral, demoram em torno de um a dois meses para conseguir uma vaga.

Os psiquiatras tratam a depressão com fármacos (remédios), com as questões mais orgânicas, enquanto o psicólogo, trabalha com as emoções, sentimentos, histórico de vida, traumas, frustrações, estresse, cotidiano e qualidade de vida, dentre outras situações.

Os psiquiatras se baseiam na quantidade e intensidade dos sintomas para fazer um diagnóstico e um prognóstico, para assim prescrever um tratamento e a medicação mais próxima possível, para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Segundo estudos, “a prática de exercícios físicos é fundamental para o tratamento da depressão e seus benefícios são eficazes para a melhora da saúde mental, sendo um método poderoso contra a depressão. A prática de exercícios libera endorfina, substância química poderosa para o o cérebro que energiza seu espírito e faz a pessoa se sentir bem”.