Washington, D.C., Estados Unidos, 24 de janeiro de 2025 (Reuters) – Alguns dos condenados pela manifestação no Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 foram libertados nesta quarta-feira (22), após o ex-presidente Donald Trump conceder perdão a cerca de 1.500 apoiadores. A decisão foi oficializada na segunda-feira (20), primeiro dia de seu novo mandato.
De acordo com a agência Reuters, mais de 200 pessoas foram liberadas de instalações federais em todo o país até terça-feira (21). Entre os libertados em Washington, D.C., estava um homem de aproximadamente 40 anos, que declarou à imprensa sentir gratidão ao presidente por cumprir suas promessas e libertar aqueles que ele classificou como “reféns de um governo corrupto”.
Do lado de fora da instalação, uma multidão de apoiadores de Trump aguardava para recepcionar os ex-detentos, carregando faixas e gritando palavras de apoio. No entanto, o clima foi marcado por tensão, com a presença de manifestantes contrários aos perdões.
Uma mulher segurava um cartaz com o nome de um policial que morreu durante a invasão ao Capitólio. Para ela, o ataque foi “um ato de traição contra nossa nação, nossa democracia e todos os valores que os Estados Unidos representam ou representavam”. Ela ainda criticou Trump, afirmando que “o que tenho visto acontecendo com Trump é horrível. Ele vai arruinar nossa nação”.
Uma pesquisa conduzida pela Reuters em parceria com a empresa Ipsos revelou que 58% dos entrevistados desaprovam os perdões concedidos pelo presidente. Especialistas apontam que a decisão pode aprofundar ainda mais a polarização política no país e gerar novos embates em um momento já delicado da história americana.
Apesar das críticas, Trump mantém sua narrativa de que está “corrigindo erros” e reafirma que continuará defendendo seus eleitores, reforçando seu compromisso de “restaurar a América”.
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