Kyiv, Ucrânia, 12 de janeiro de 2025 (Ukrinform) — Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de utilizar soldados norte-coreanos como caça-minas humanos na região de Kursk, no oeste da Rússia. A denúncia agrava as tensões em torno da participação de tropas estrangeiras no conflito e reforça preocupações sobre violações de direitos humanos.
De acordo com fontes ucranianas, soldados enviados pela Coreia do Norte estariam sendo colocados em áreas altamente perigosas para identificar e neutralizar minas terrestres. A prática teria resultado em centenas de baixas entre as tropas norte-coreanas. Estima-se que, dos cerca de 11.000 soldados enviados para Kursk, 4.000 já tenham sido mortos ou feridos em combate ou por explosões.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, classificou o uso dessas tropas como uma “grave violação da dignidade humana” e prometeu levar o caso à atenção da comunidade internacional. “Isso é mais uma evidência de que a Rússia está disposta a sacrificar vidas de maneira desumana para prolongar seu conflito contra a Ucrânia”, afirmou.
Fontes internas também sugerem que muitos dos soldados norte-coreanos não sabiam que seriam enviados para zonas de combate, sendo recrutados sob pretexto de treinamento militar. Durante interrogatórios realizados pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, alguns soldados capturados afirmaram que acreditavam estar participando apenas de missões de apoio, não diretamente de batalhas.
A Rússia ainda não comentou as alegações. Contudo, especialistas alertam que a mobilização de tropas estrangeiras, especialmente sob condições precárias, representa uma escalada preocupante no conflito.
Kyiv planeja solicitar apoio de organizações internacionais para investigar o caso e aplicar sanções contra os envolvidos. A situação em Kursk reforça o apelo por ações rápidas para proteger os direitos humanos em meio à guerra na Ucrânia.
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