Genebra, Suíça, 26 de janeiro de 2025 (Agência AFP) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que está reavaliando suas prioridades e implementando medidas de corte de custos após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país da organização. O movimento de Trump, que se concretizou com uma ordem executiva assinada na segunda-feira (20), põe em risco a situação financeira da OMS, uma vez que os EUA são o maior doador da instituição.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou aos funcionários da organização, através de um e-mail, que a decisão dos Estados Unidos tornou a situação financeira da OMS ainda mais difícil. Ele declarou que a organização está avaliando quais atividades poderão ser priorizadas com os recursos limitados.
Entre as medidas que já foram implementadas estão o congelamento de contratações, com exceção das áreas consideradas mais críticas, e uma redução drástica nos custos de viagens. Tedros também mencionou que todas as reuniões serão realizadas virtualmente, exceto em situações excepcionais, e que as missões técnicas para apoiar países serão restritas aos casos mais essenciais.
Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, expressou preocupação com a decisão dos Estados Unidos, enfatizando a importância da colaboração entre os dois para a resposta global a surtos de doenças. A OMS fornece informações vitais para os EUA e também recebe dados cruciais para garantir a melhor resposta a possíveis epidemias.
Este cenário levanta questionamentos sobre o impacto da retirada dos EUA na saúde global, especialmente em tempos de desafios como a pandemia de COVID-19 e outras crises de saúde pública.
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