Nippon Steel garante produção de aço nos EUA

Tóquio, Japão – 2 de janeiro de 2025, The Washington Post – A Nippon Steel, uma das maiores siderúrgicas do mundo, se comprometeu a manter a produção de aço em todas as usinas da US Steel nos Estados Unidos por um período de 10 anos. A empresa japonesa também ofereceu ao governo federal americano o poder de veto sobre qualquer potencial redução de capacidade, em uma tentativa de garantir a aprovação de sua aquisição planejada da produtora americana.

Segundo informações publicadas pelo The Washington Post, a proposta foi apresentada na terça-feira (31) como parte dos esforços da Nippon Steel para superar as preocupações de segurança nacional levantadas pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS). O painel, que avaliava os riscos associados à transação, não conseguiu alcançar um consenso, deixando a decisão final para o presidente Joe Biden.

O comitê havia expressado receios de que a aquisição pudesse levar a uma redução na produção de aço americana, algo que poderia impactar negativamente empregos e a cadeia de suprimentos industrial no país. Em resposta, a Nippon Steel destacou que está preparada para investir bilhões de dólares para manter e modernizar as operações da US Steel.

Fontes próximas ao caso afirmam que, embora o presidente Biden esteja inclinado a aprovar o acordo, a decisão pode incluir condições rigorosas para assegurar que empregos americanos sejam protegidos. No entanto, há especulações de que a administração poderia optar por deixar a decisão final para o governo do presidente eleito Donald Trump, cuja posse está prevista para breve.

A aquisição, avaliada em bilhões de dólares, representa um movimento estratégico da Nippon Steel para expandir sua presença global e fortalecer suas operações nos Estados Unidos, um dos maiores mercados do setor siderúrgico. A oferta de manter a produção intacta por uma década busca equilibrar os interesses comerciais da empresa japonesa com as exigências de segurança e empregos americanos.

A expectativa é de que a decisão final sobre a transação tenha implicações significativas para o setor industrial dos dois países, destacando os desafios de equilibrar interesses econômicos e geopolíticos em um mundo cada vez mais interconectado.