Líderes reagem à posse de Trump sobre comércio e imigração

Cidade do Panamá, Panamá, 22 de janeiro de 2025 (ANPanamá) – A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos gerou respostas firmes de líderes das Américas, abordando questões como o controle do Canal do Panamá, comércio bilateral e imigração.

O presidente do Panamá, Jose Raul Mulino, rejeitou veementemente as declarações de Trump sobre uma possível retomada do Canal por parte dos Estados Unidos. Em comunicado divulgado na segunda-feira (20), Mulino afirmou: “Em nome da República do Panamá e de seu povo, rejeito de maneira categórica as palavras do presidente Trump.” Ele ressaltou que o Canal do Panamá pertence ao país e permanecerá sob controle panamenho.

Mulino também desmentiu as alegações de que a administração do Canal seria influenciada por nações estrangeiras, como a China. “Não há país no mundo que interfira na administração panamenha do Canal”, declarou.

Enquanto isso, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, enfatizou a importância da parceria econômica entre os dois países. Ele destacou os investimentos em cadeias de suprimentos e comércio transfronteiriço, afirmando que isso gera empregos em ambas as nações. Trudeau também demonstrou intenção de trabalhar com o novo governo para fortalecer os interesses canadenses, apesar da ameaça de Trump de impor tarifas de 25% sobre produtos canadenses.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, por sua vez, adotou um tom conciliador ao parabenizar Trump em suas redes sociais, mencionando diálogo, respeito e cooperação como pilares das relações entre os dois países. Contudo, Sheinbaum também reforçou medidas para proteger mexicanos nos EUA diante da possibilidade de deportações em massa anunciadas por Trump.

Ela informou que o México está preparado com múltiplos planos de contingência, incluindo a organização de abrigos e apoio jurídico. “Peço calma à nossa população. Estamos prontos para apoiar cada mexicano, independentemente da situação”, afirmou.

As declarações dos líderes refletem o impacto imediato da nova liderança dos EUA nas dinâmicas políticas e econômicas da região, marcando o início de um período de negociações complexas e desafios multilaterais.