Tóquio, Japão, 24 de dezembro de 2024, Agência de Notícias Americana – O presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no domingo (22), durante um discurso em uma conferência conservadora no estado do Arizona, que seu governo poderá exigir o retorno do controle do Canal do Panamá. Ele alegou que as taxas cobradas pela passagem de navios americanos são “exorbitantes” e “altamente injustas”, classificando-as como um “verdadeiro roubo”.
Trump destacou que os Estados Unidos são “o maior usuário” do canal, construído pelos americanos no início do século 20 e transferido para o controle do Panamá em 1999. Segundo ele, o acordo de transferência foi feito com base em princípios morais e legais que, em sua visão, não estão sendo cumpridos. “Se essas diretrizes não forem respeitadas, exigiremos que o canal seja devolvido aos EUA de forma integral, rápida e sem questionamentos”, declarou.
Resposta do Panamá
As declarações de Trump receberam resposta imediata do presidente panamenho, José Raul Mulino. Em comunicado oficial, Mulino enfatizou que “cada metro quadrado do Canal do Panamá pertence ao Panamá e continuará pertencendo”. Ele reiterou que a soberania do país “não é negociável” e rejeitou qualquer afirmação que distorça a realidade do canal e sua gestão.
Mulino também destacou os custos de operação e a independência administrativa da via marítima, negando qualquer controle direto ou indireto por parte de outros países, incluindo os Estados Unidos ou a China. Apesar das críticas, Mulino afirmou desejar manter uma relação “respeitosa e construtiva” com o governo americano, priorizando questões de segurança como migração ilegal, tráfico de drogas e crime organizado.
Discurso polêmico
Além de abordar o Canal do Panamá, Trump reiterou posições conservadoras em seu discurso, especialmente sobre questões de gênero. Ele anunciou planos de assinar uma ordem executiva para banir pessoas transgênero das forças armadas americanas, argumentando que “a política oficial do governo será que existem apenas dois gêneros: masculino e feminino”.
As declarações reforçam o tom combativo que marcou a campanha de Trump e apontam para possíveis tensões diplomáticas e debates internos nos EUA ao longo de seu mandato.
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