Johnny Somali pode enfrentar 22 anos de prisão

Seul, Coreia do Sul, 23 de dezembro de 2024 (Yonhap News) – O ex-streamer do YouTube Johnny Somali, conhecido por suas controvérsias internacionais, enfrenta um cenário jurídico cada vez mais complicado na Coreia do Sul. Recentes investigações sobre posse e distribuição de deepfakes podem aumentar sua pena para até 22 anos de prisão, consolidando a gravidade de sua situação.

Ramsey Khalid Ismael, conhecido como Johnny Somali, já havia ganhado notoriedade por comportamentos considerados inadequados em vários países. Após sua prisão em setembro deste ano, Somali foi inicialmente acusado de obstrução de negócios, que pode resultar em uma pena de até cinco anos. Agora, novas evidências levantadas por autoridades sul-coreanas podem adicionar acusações relacionadas à posse de deepfakes, recentemente proibidos no país.

As investigações ganharam um novo impulso após a apreensão do telefone do streamer. Autoridades estão examinando o dispositivo em busca de material relacionado a imagens de inteligência artificial. Uma delas, que mostrava um deepfake de Somali com uma streamer sul-coreana, foi transmitida durante uma de suas lives. Embora a streamer em questão tenha decidido não prestar queixa, o simples fato de possuir deepfakes pode levar a uma pena de até sete anos de prisão e multa de US$ 22 mil.

Além disso, Somali também enfrenta acusações de posse de drogas, que, combinadas com os outros crimes, podem somar uma pena total de até 22 anos. Especialistas jurídicos apontam que a apreensão do telefone sugere que as autoridades estão investigando seriamente novas acusações.

O julgamento de Somali, originalmente agendado para dezembro, foi adiado para março de 2025. Processos judiciais na Coreia do Sul frequentemente levam meses para serem concluídos, o que significa que o veredito final pode não ser conhecido até meados do próximo ano.

Enquanto isso, Somali continua detido, enfrentando um destino que pode representar a punição mais severa de sua trajetória polêmica, marcada por banimentos em países como Japão e Israel.