Damasco, Síria, 4 de dezembro de 2024, Agência SANA – Uma ofensiva rebelde liderada pelo grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) capturou mais de 200 localidades na Síria desde 27 de novembro, incluindo grande parte da cidade de Aleppo. O avanço, o maior desde 2020, forçou o deslocamento de cerca de 50 mil civis e resultou em centenas de mortes.
Os rebeldes agora controlam uma extensa área que abrange as províncias de Hama, Idlib, Aleppo e Latakia, no oeste e noroeste da Síria. O grupo HTS e seus aliados estão avançando em direção à cidade estratégica de Hama, considerada um elo crucial entre Aleppo e a capital, Damasco.
Em resposta à ofensiva rebelde, as forças do governo sírio, apoiadas pela Rússia, intensificaram os ataques aéreos e de artilharia contra as áreas controladas pela oposição. Entre 27 e 30 de novembro, foram registrados cerca de 40 ataques aéreos realizados por forças russas, enquanto as forças do governo sírio conduziram aproximadamente uma dúzia de ataques aéreos e 40 ataques de artilharia.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, declarou que a Síria continuará a “defender sua estabilidade e integridade territorial contra terroristas e seus apoiadores”.
A escalada do conflito tem causado grande preocupação internacional devido ao seu impacto humanitário. A ONU relatou que quase 50 mil pessoas foram deslocadas desde o início dos combates. O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, expressou alarme com a violência e pediu uma interrupção imediata dos combates.
O ressurgimento do conflito na Síria ocorre em um momento delicado para a região. A ofensiva do HTS coincide com o enfraquecimento dos aliados do regime sírio, particularmente devido aos desenvolvimentos no Líbano e aos ataques israelenses intensificados desde outubro de 2023.
A comunidade internacional, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, tem apelado para uma desescalada do conflito e a proteção dos civis. Enquanto isso, países árabes que recentemente normalizaram relações com o governo de Assad expressaram preocupação com as perdas do governo sírio
O avanço rebelde representa um desafio significativo para o regime de Assad, que havia recuperado o controle de dois terços do país nos últimos anos com o apoio da Rússia e do Irã. A situação permanece volátil, com potencial para desestabilizar ainda mais a região já conturbada do Oriente Médio.
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