Seul, Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024, Agência Yonhap – O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol anunciou que irá revogar o decreto de lei marcial de emergência durante uma reunião de gabinete. A decisão vem após intensa pressão política e protestos generalizados que se seguiram à declaração inicial feita na terça-feira (3).
Yoon havia imposto a lei marcial alegando que a oposição estava paralisando o governo com atividades antiestado e simpatizando com a Coreia do Norte. A medida, que não era vista no país desde 1980, gerou uma onda de críticas tanto da oposição quanto de membros do próprio partido governista.
O líder do Partido do Poder Popular, Han Dong-hoon, havia se manifestado contra a decisão, afirmando que iria “se opor à declaração de lei marcial junto com o povo”. A oposição, liderada por Lee Jae-myung, chegou a convocar uma reunião de emergência e alertou para o risco de colapso econômico.
A rápida reversão da medida reflete a intensidade da reação negativa e destaca as tensões políticas na Coreia do Sul. Yoon, que enfrenta baixos índices de aprovação desde que assumiu o cargo em 2022, tem lutado para avançar sua agenda em um parlamento controlado pela oposição.
A crise política teve impacto imediato na economia sul-coreana, com o won caindo acentuadamente em relação ao dólar americano. O Banco Central da Coreia do Sul havia anunciado que estava preparando medidas para estabilizar o mercado, se necessário.
A revogação da lei marcial deve aliviar as tensões imediatas, mas as questões subjacentes que levaram à crise, incluindo disputas sobre o orçamento e investigações de corrupção, provavelmente continuarão a desafiar o governo de Yoon nos próximos meses.
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