Seul, Coreia do Sul, 7 de dezembro de 2024, Yonhap News Agency – A crise política na Coreia do Sul atingiu novos patamares com o líder do Partido do Poder Popular (PPP), Han Dong-hoon, reafirmando a necessidade de suspender imediatamente o presidente Yoon Suk-yeol de suas funções. A declaração foi feita após uma reunião de emergência com parlamentares da legenda.
Han indicou apoio ao movimento de impeachment contra o presidente, previsto para votação no dia (9) no Parlamento. Ele afirmou que Yoon representa um risco para o país devido a ações anteriores, como a declaração de lei marcial emergencial, considerada inconstitucional por muitos legisladores e órgãos de direitos civis.
A declaração de Han ocorreu após informações de que Yoon ordenou a prisão de políticos proeminentes durante a implementação da lei marcial. Han destacou que, caso Yoon permaneça no cargo, há alta probabilidade de que medidas autoritárias sejam tomadas novamente, colocando a nação em perigo.
A oposição, liderada por partidos contrários ao presidente, não possui a maioria necessária de dois terços no Parlamento para aprovar o impeachment. Contudo, a divisão interna no PPP e a possibilidade de alguns parlamentares governistas apoiarem a medida mantêm a tensão alta.
Uma pesquisa recente da Gallup Korea revelou que a aprovação de Yoon caiu para 16%, a mais baixa desde que assumiu o cargo. Após a declaração temporária de lei marcial na quarta-feira (4), esse índice chegou a apenas 13%.
O Ministério Público sul-coreano anunciou a formação de uma equipe especial para investigar as circunstâncias envolvendo a declaração de lei marcial e a ocupação de instalações públicas pelo Exército. O antigo Ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, considerado próximo de Yoon, renunciou e está sob investigação, acusado de autorizar o envio de tropas ao Parlamento e à Comissão Eleitoral Central.
A Comissão Eleitoral condenou a ocupação militar, chamando-a de ato inconstitucional e ilegal. O episódio aumenta as dúvidas sobre a governança de Yoon e reforça os pedidos de sua destituição.
Enquanto a pressão interna e externa se intensifica, os próximos dias serão cruciais para determinar o futuro político do presidente e a estabilidade democrática da Coreia do Sul.
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