Seul, Coreia do Sul, 10 de dezembro de 2024 (Yonhap News) – O Ministério da Justiça da Coreia do Sul anunciou, nesta segunda-feira (10), que impôs uma proibição de viagem ao presidente Yoon Suk-yeol. A medida foi tomada em resposta a um pedido da comissão de investigação, que apura alegações de traição e abuso de poder por parte do presidente.
A situação ocorre em meio a uma crescente crise política, desencadeada pela recente imposição temporária de lei marcial, que gerou discussões acaloradas dentro do Partido do Poder Popular, a legenda de Yoon. Após uma reunião de emergência, parlamentares do partido formaram uma equipe especial para examinar a situação e considerar possíveis medidas, incluindo a renúncia do presidente.
O caso também envolve o ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que está sendo investigado por suspeita de ter aconselhado Yoon a declarar lei marcial. Segundo a Yonhap News Agency, os promotores devem pedir um mandado de prisão para Kim ainda nesta segunda-feira (10), após ele se apresentar para interrogatório no dia anterior.
Além disso, o chefe da unidade de forças especiais que participou da aplicação da lei marcial afirmou que seus soldados foram “vítimas infelizes” utilizadas por Kim. O grupo foi mobilizado para invadir o Congresso Nacional em Seul, logo após a declaração de Yoon na noite de terça-feira (5).
O Partido Democrático, maior oposição do país, anunciou que apresentará uma nova proposta de impeachment contra Yoon, com votação marcada para sábado (16). Caso a proposta seja rejeitada, o partido promete apresentar novas moções semanalmente.
Enquanto isso, protestos continuam em frente ao Congresso Nacional, com manifestantes exigindo a destituição do presidente. “Duvido que um presidente que não assume responsabilidade por suas ações possa permanecer no cargo”, disse um dos protestantes. Outros exigem a dissolução do Partido do Poder Popular e o impeachment imediato de Yoon.
No cenário econômico, o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia, Choi Sang-mok, se reuniu com o embaixador japonês na Coreia do Sul, Mizushima Koichi, e garantiu que o governo está trabalhando para estabilizar a economia em meio à crise política.
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