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Perigos na internet: protegendo jovens no Japão

Polícia de Shiga alerta sobre aliciamento de jovens para crimes via redes sociais e aplicativos anônimos.

Shiga, Japão, 11 de dezembro de 2024 – Rádio Shiga – A Polícia da Província de Shiga realizou uma palestra no Hall de Eventos da Infinity, destacando os crescentes perigos que jovens enfrentam na internet, especialmente relacionados ao aliciamento para atividades criminosas por meio de redes sociais e aplicativos anônimos. O evento reuniu empresários, empreendedores estrangeiros e representantes de instituições de ensino, como o Colégio Santos Dumont e o Colégio Latino.

O fluxo de envolvimento nesses crimes frequentemente começa com anúncios oferecendo “altas remunerações” em plataformas online. Jovens interessados acabam se conectando com grupos criminosos por aplicativos como Signal ou Telegram, conhecidos pelo anonimato. Sob pressão, são persuadidos a fornecer informações pessoais, como carteira de motorista. Caso se recusem a participar, essas informações são usadas como forma de chantagem para forçá-los a colaborar em atividades ilegais.

Palavras e gírias perigosas nas redes sociais
A Polícia destacou termos que podem indicar ofertas suspeitas, como:
Yamibaito (trabalho obscuro)
Howaito anken (trabalho fácil)
Ura baito (trabalho por fora)
Kougaku houshu (alto pagamento)
Sokujitsu sokkin (pagamento imediato)

Gírias frequentemente associadas a atividades criminosas incluem:
UD (uke) – receber
Dashi – enviar
Tataku – bater
Hakobi – transportar
Kouza kaitori – compra de conta

Como identificar um trabalho ilegal
A palestra também orientou sobre sinais de alerta, como:
– Ofertas de remuneração excessiva para tarefas simples, como entrega de pacotes com pagamentos de 50 mil ienes por serviço.
– Contato inicial feito exclusivamente por mensagens diretas (DM) ou aplicativos anônimos.
– Descrições vagas ou duvidosas das atividades.
– Falta de informações sobre a empresa, local de trabalho ou meios de contato confiáveis.

O tema do evento enfatizou os benefícios das mídias sociais, mas também alertou para os riscos de interagir com desconhecidos. A Associação de Prevenção Criminal da Província de Shiga pede que qualquer pessoa envolvida ou vítima de crimes pela internet procure imediatamente a polícia local.

Os pais e responsáveis devem estar atentos a termos perigosos usados online, como:
– Yamibaito (trabalho obscuro)
– Howaito anken (trabalho fácil)
– Kougaku houshu (alto pagamento)
– Sokujitsu sokkin (pagamento imediato)

Além disso, gírias criminosas, como UD (uke) – receber, e Tataku – bater, são indicativos de atividades ilegais.

De acordo com a polícia, o aliciamento infantil tem aumentado significativamente. Em 2020, foram registrados 1.820 casos no Japão envolvendo menores de 18 anos, com destaque para atos obscenos (739 vítimas), fotografias sem roupas (597 vítimas) e prostituição infantil (312 vítimas). Casos mais graves incluem raptos (74 vítimas), estupros (45 vítimas) e até homicídios (25 vítimas).

Perigos de interação com desconhecidos
A polícia alertou sobre a vulnerabilidade de jovens ao interagir com estranhos online. Mesmo pedidos aparentemente inocentes, como “envie sua foto” ou “quero me encontrar com você”, podem ser tentativas de aproximação por criminosos. Essas interações podem resultar em experiências traumáticas, como raptos e abusos.

Prevenção e conscientização
Autoridades reforçaram a importância de um uso consciente das redes sociais, orientando jovens a evitarem interações com desconhecidos e a nunca compartilharem informações pessoais sem verificar a legitimidade da outra parte.

Ao promover diálogo e conscientização, as autoridades esperam reduzir os riscos e proteger os jovens de crimes virtuais crescentes no Japão.

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