Seul, Coreia do Sul, 8 de dezembro de 2024 (Yonhap News) – O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol conseguiu evitar, neste sábado (7), um voto de impeachment na Assembleia Nacional, mas a oposição já se organiza para reapresentar a moção na próxima semana, aprofundando a crise política no país.
A sessão plenária da Assembleia Nacional foi iniciada por volta das 17h (horário local) para deliberar sobre a moção apresentada por seis partidos oposicionistas. O apoio de pelo menos oito parlamentares do governista Partido do Poder Popular (PPP) era necessário para alcançar os 200 votos dos 300 assentos da Assembleia, mas a maioria dos membros do PPP decidiu boicotar a votação.
O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, anunciou às 21h20 que a moção havia sido rejeitada, uma vez que o número de votos não atingiu o limite mínimo exigido. Com isso, Yoon Suk-yeol permanece no cargo, mas enfrenta forte pressão política.
Líder do PPP, Han Dong-hoon declarou que o presidente terá seu mandato enfraquecido até o fim de sua gestão. Por outro lado, a oposição, liderada pelo Partido Democrático, condenou duramente o boicote do PPP. Lee Jae-myung, líder do partido, chamou Yoon de “o maior risco do país” e garantiu que o esforço para removê-lo do cargo continuará.
A oposição anunciou que uma nova moção de impeachment será apresentada já na quarta-feira (11), com votação prevista para sábado (14). A instabilidade política na Coreia do Sul deve se intensificar nas próximas semanas, com os dois lados se enfrentando em um impasse que ameaça paralisar ainda mais o governo.
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