Pequim, China, 26 de dezembro de 2024 (NHK) – Os ministros das Relações Exteriores do Japão e da China concordaram em viabilizar a visita do ministro chinês Wang Yi a Tóquio no próximo ano para realizar diálogos econômicos de alto nível. A decisão foi tomada durante uma reunião presencial de três horas realizada na quarta-feira (25) entre o ministro japonês Iwaya Takeshi e Wang em Pequim, marcando o primeiro encontro face a face desde que ambos assumiram seus cargos.
Os ministros reafirmaram o compromisso de promover uma relação mutuamente benéfica com base em interesses estratégicos comuns, priorizando comunicações para construir laços bilaterais construtivos e estáveis.
Ambos concordaram em organizar a visita de Wang no momento mais apropriado em 2024, com o objetivo de realizar um diálogo econômico de alto nível que incluirá ministros relevantes de ambos os países.
Entre os temas discutidos, destacou-se a implementação de acordos firmados em setembro, incluindo o gerenciamento de águas tratadas e diluídas da usina nuclear de Fukushima Daiichi. Iwaya também pressionou pela retomada das importações de frutos do mar japoneses pela China, suspensas desde agosto de 2023, quando o Japão iniciou a liberação de águas tratadas no oceano.
No campo da segurança, Iwaya expressou sérias preocupações com a situação no Mar da China Oriental, especialmente em relação às Ilhas Senkaku, controladas pelo Japão e reivindicadas por China e Taiwan. Ele exigiu a remoção imediata de uma boia instalada recentemente dentro da zona econômica exclusiva japonesa ao sul da Ilha Yonaguni, em Okinawa.
Os ministros enfatizaram a importância de aprofundar a comunicação, apesar das questões pendentes, e concordaram em realizar diálogos entre oficiais de segurança nacional no início do próximo ano.
Iwaya também destacou preocupações sobre a segurança de cidadãos japoneses na China, mencionando o caso de um estudante japonês esfaqueado em Shenzhen em setembro, além de solicitar a liberação de japoneses detidos no país.
Por fim, o ministro japonês expressou inquietação sobre os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte e a cooperação militar de Pyongyang com a Rússia, pedindo que a China desempenhe um papel significativo para abordar essas questões.
A reunião marca mais um passo nas relações entre os dois países, refletindo a busca por diálogo em meio a desafios econômicos e geopolíticos.
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