Seul, Coreia do Sul, 8 de dezembro de 2024 (Yonhap News Agency) – A moção para o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol foi rejeitada no parlamento sul-coreano neste sábado (7), devido à falta de quórum para a votação. Menos de dois terços dos parlamentares participaram, após a maioria dos membros do partido governista, o People Power Party (PPP), deixarem o plenário antes da votação.
Com a rejeição, Yoon continuará exercendo suas funções como presidente, enquanto a oposição, liderada por Lee Jae-myung do Partido Democrático, promete persistir em esforços para retirá-lo do cargo. Lee criticou duramente Yoon, chamando-o de “o maior risco para o país”.
O PPP declarou que a tentativa de impeachment foi irresponsável e alertou contra o risco de repetir a divisão nacional causada pelo impeachment de Park Geun-hye, ocorrido há oito anos. O partido destacou que busca estabilizar a crise política de forma responsável.
A decisão ocorre após a polêmica declaração de lei marcial feita por Yoon na última terça-feira (3). Durante discurso neste sábado, o presidente pediu desculpas por causar ansiedade ao público, reconhecendo que sua decisão foi precipitada. Ele afirmou que a ação foi motivada pela urgência de preservar a estabilidade nacional e prometeu que não haverá nova imposição de lei marcial.
Nas ruas de Seul, milhares de manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Nacional pedindo a renúncia de Yoon. Segundo estimativas da polícia, cerca de 149 mil pessoas participaram do protesto até as 17h30. No entanto, também houve manifestações a favor do presidente em outra praça da cidade.
Entre as críticas apontadas na moção de impeachment, estavam a política externa de Yoon, acusada de priorizar relações com o Japão e ignorar o equilíbrio geopolítico da região. Além disso, a oposição alegou que a declaração de lei marcial foi inconstitucional e representou uma traição ao povo sul-coreano.
Observadores internacionais destacaram a crescente aliança entre China, Rússia e Coreia do Norte como um desafio adicional para a Coreia do Sul. Enquanto isso, os Estados Unidos monitoram de perto a situação, buscando uma resolução pacífica para a crise política.
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