Seul, Coreia do Sul — 15 de dezembro de 2024 (JST) — A Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou, nesta tarde de sábado (15), um movimento de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol. A votação foi marcada por forte apoio, com mais de dois terços dos parlamentares presentes favoráveis à medida, o que permitiu que a proposta fosse aprovada após uma primeira tentativa fracassada na semana passada devido à ausência de alguns legisladores.
Na sessão plenária, o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, anunciou que 204 parlamentares votaram a favor do impeachment, enquanto 85 se opuseram. A oposição apresentou o projeto de impeachment na última quarta-feira (13), acusando o presidente de ter declarado a lei marcial de forma ilegal, o que representaria uma violação da Constituição e um ato de insurreição interna.
A nova versão da moção de impeachment detalha ainda mais ações inconstitucionais e ilegais cometidas por Yoon, incluindo o envio de militares para a Comissão Central Eleitoral e tentativas de prender parlamentares, políticos e jornalistas. A proposta afirma que Yoon, ao declarar a lei marcial, tentou minar a Constituição e prejudicar a paz pública da Coreia do Sul.
A aprovação da moção foi precedida por grandes protestos populares, com manifestações em massa ocorrendo em Seul, exigindo a destituição do presidente. A pressão da população foi um fator crucial para o sucesso do movimento de impeachment.
Yoon, que já está suspenso de suas funções, reagiu afirmando que não desistirá, apesar da aprovação da moção. Em um pronunciamento, disse que sua jornada com o povo sul-coreano não pode ser interrompida e que continuará a lutar pelo país até o fim de seu mandato, recebendo tanto críticas quanto incentivos de seus compatriotas.
O primeiro-ministro Han Duck-soo assumiu as funções de presidente interino e prometeu conduzir a política nacional de forma estável. Ele também alertou para possíveis provocações de segurança por parte da Coreia do Norte, dada a situação política interna da Coreia do Sul.
Agora, o caso será analisado pelo Tribunal Constitucional, que tem até 180 dias para decidir se a decisão de impeachment é válida. Caso a corte valide a moção, um novo processo eleitoral será convocado em até 60 dias.
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