Manila, Filipinas, 26 de novembro de 2024 (Agence France-Presse) – A segurança em torno do presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., foi intensificada após uma declaração polêmica de sua vice-presidente, Sara Duterte. Durante uma conferência online no sábado (25), Duterte afirmou ter ordenado a um assassino que matasse o presidente, a primeira-dama e o presidente da Câmara caso ela fosse assassinada.
“Eu já conversei com alguém. Disse que, se eu fosse assassinada, mate o presidente Marcos, a primeira-dama e o presidente da Câmara. Não é brincadeira”, declarou Duterte, sem especificar a natureza do perigo que estaria enfrentando.
A ameaça provocou reação imediata de Marcos, que publicou um vídeo classificando a declaração como “preocupante” e “irresponsável”. “Não permitirei que o desejo de outros de arrastar todo o país para o caos político seja bem-sucedido”, afirmou o presidente.
Duterte e Marcos foram aliados nas eleições presidenciais de 2022, mas o relacionamento entre seus clãs políticos se deteriorou. A tensão foi agravada pelas investigações do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre o ex-presidente Rodrigo Duterte, pai da vice-presidente, devido à controversa “guerra às drogas” que deixou mais de 6.000 mortos. O governo filipino indicou que pode cooperar com o TPI caso Rodrigo Duterte seja colocado na lista de procurados.
O episódio reforça a instabilidade no alto escalão do governo filipino, enquanto os desdobramentos das investigações internacionais e a rivalidade política continuam a impactar a governança do país.
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