Nova York, Estados Unidos, 20 de novembro de 2024, Associated Press – Ao completar 1000 dias desde o início da invasão russa, a Ucrânia elevou o tom de alerta sobre a crescente aliança entre Rússia e Coreia do Norte, classificando-a como uma ameaça à ordem global. O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, fez um pronunciamento contundente durante uma reunião ministerial do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira (18).
Sybiha enfatizou que a Rússia está se alinhando com países como Coreia do Norte e Irã, formando um “eixo emergente” que está em “fase ativa” e minando a ordem global. O ministro apresentou evidências concretas, exibindo destroços do que afirmou ser parte de um míssil balístico norte-coreano KN23 de curto alcance, ressaltando que civis estão sendo prejudicados por essas armas.
“O envolvimento de tropas norte-coreanas marca uma ‘proliferação global da guerra'”, declarou Sybiha, destacando a gravidade da situação.
Em resposta, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, criticou a decisão do presidente Joe Biden de permitir que a Ucrânia use mísseis de longo alcance contra alvos dentro da Rússia, chamando a medida de “suicida”. Nebenzia advertiu que a Ucrânia não escapará da derrota, independentemente do armamento ocidental recebido.
Rosemary DiCarlo, Subsecretária-Geral da ONU para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, apresentou um balanço sombrio do conflito: desde fevereiro de 2022, pelo menos 12.164 civis foram mortos, incluindo mais de 600 crianças. Mais de 6,8 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, e centenas de instalações médicas e educacionais foram danificadas ou destruídas.
A comunidade internacional observa com crescente preocupação o aprofundamento dos laços entre Rússia e Coreia do Norte, temendo que essa aliança possa prolongar o conflito e desestabilizar ainda mais a região. Enquanto isso, os esforços diplomáticos para encerrar a guerra parecem estar em um impasse, com ambos os lados mantendo suas posições inflexíveis.
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