Trump nomeia Pam Bondi procuradora-geral dos EUA

Washington, Estados Unidos, 23 de novembro de 2024, Associated Press – O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou Pam Bondi como sua escolha para o cargo de procuradora-geral em sua próxima administração. A indicação ocorre após a retirada de Matt Gaetz, sua escolha inicial para o cargo.

Bondi, de 59 anos, é uma aliada de longa data de Trump e possui um histórico significativo na área jurídica. Ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo de procuradora-geral da Flórida, onde serviu por dois mandatos de 2011 a 2019. Antes disso, atuou como promotora por quase duas décadas.

Trump expressou sua confiança em Bondi através de uma postagem em sua rede social Truth Social na quinta-feira (21): “Conheço Pam há muitos anos – Ela é inteligente e durona, e é uma lutadora do AMERICA FIRST – AMÉRICA PRIMEIRO, que fará um trabalho excelente como procuradora-geral!”

A nomeação de Bondi vem após a controversa indicação inicial de Matt Gaetz, ex-congressista da Flórida, que se retirou da consideração em meio a uma investigação federal sobre tráfico sexual e questões éticas que colocavam em dúvida suas perspectivas de confirmação pelo Senado.

Bondi tem um histórico de apoio a Trump, tendo feito parte de sua equipe de defesa durante seu primeiro julgamento de impeachment no Senado. Ela também esteve envolvida nos esforços para contestar os resultados das eleições de 2020, apoiando as alegações infundadas de fraude eleitoral de Trump.

Se confirmada pelo Senado, Bondi se tornará a principal autoridade de aplicação da lei do país, supervisionando mais de 115.000 funcionários no Departamento de Justiça e gerenciando um orçamento de aproximadamente US$ 45 bilhões.

A indicação de Bondi é vista como uma tentativa de Trump de reorientar o Departamento de Justiça. Em sua declaração, o presidente eleito afirmou que Bondi irá “refocalizar o DOJ em seu propósito pretendido de combater o crime e tornar a América segura novamente”.

A nomeação de Bondi deve enfrentar escrutínio no Senado, especialmente considerando sua estreita relação com Trump e seu envolvimento em controvérsias passadas, incluindo questões relacionadas a doações de campanha da Fundação Trump.