Moscou, Rússia, 6 de novembro de 2024, TASS – O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, se recusou hoje a comentar um relatório do governo dos Estados Unidos que afirma a chegada de 10.000 soldados norte-coreanos à região de Kursk, onde o exército ucraniano tem realizado ataques transfronteiriços.
Quando questionado por um repórter sobre a declaração feita na segunda-feira (4) pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, Peskov afirmou que não comentaria o assunto, alegando que “cada funcionário americano que fala sobre isso acrescenta que o lado dos EUA não tem confirmação final”.
Miller havia declarado que o departamento avaliou que até 10.000 soldados norte-coreanos chegaram a Kursk e poderiam “entrar em combate nos próximos dias”.
A recusa de Peskov em abordar diretamente o assunto segue a linha de ambiguidade adotada pelo presidente russo Vladimir Putin, que no final de outubro não negou os relatos sobre o envio de tropas norte-coreanas quando questionado em uma coletiva de imprensa.
Enquanto isso, a Rússia lançou um ataque com mísseis contra a cidade ucraniana de Zaporizhzhia na terça-feira (5). O governador local informou que seis pessoas foram mortas e 24 ficaram feridas, além de danos a infraestruturas críticas.
Em resposta, Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano, declarou nas redes sociais que “a violência deve ser interrompida por uma ação forte” e que “uma posição mais firme dos aliados é necessária”.
A presença de tropas norte-coreanas na Rússia, se confirmada, representaria uma significativa escalada no conflito, potencialmente introduzindo um novo ator estatal na guerra. Essa situação tem gerado preocupações entre os aliados ocidentais da Ucrânia e pode levar a novas sanções contra a Coreia do Norte e a Rússia.
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