Moscou, Rússia, 10 de novembro de 2024, Agência de Notícias TASS – O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta sexta-feira (9) que o presidente russo Vladimir Putin não pretende alterar os objetivos da “operação militar especial” na Ucrânia. Em resposta a questionamentos da imprensa sobre recentes comentários de Putin, Peskov enfatizou que o líder russo “nunca disse que os objetivos da operação estão mudando” e reiterou que “os objetivos permanecem os mesmos”.
As declarações de Peskov surgem após Putin ter expressado disposição para dialogar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O líder russo afirmou que trabalhará com qualquer chefe de Estado que tenha a confiança do povo americano, sinalizando uma possível abertura para negociações.
No entanto, Putin mantém firmes suas condições para as negociações de paz, reafirmadas em junho deste ano. Entre elas, destaca-se a exigência de que a Ucrânia abandone suas aspirações de ingressar na OTAN, ponto reiterado pelo presidente russo na quinta-feira (8).
Além disso, Putin insiste no reconhecimento da soberania russa sobre as quatro regiões ucranianas e a Crimeia, anexadas unilateralmente pela Rússia. O líder russo propõe que a fronteira entre Ucrânia e Rússia seja definida por uma linha decidida pelos residentes dessas áreas.
Essas condições, no entanto, têm sido categoricamente rejeitadas por Kiev. O governo ucraniano continua a exigir a restauração completa de seu território e a retirada total das tropas russas.
A manutenção dos objetivos russos na Ucrânia, conforme reafirmado pelo Kremlin, sugere que, apesar da aparente abertura para o diálogo, as posições de Moscou e Kiev permanecem distantes. O impasse diplomático persiste, enquanto o conflito continua a impactar a região e as relações internacionais.
A comunidade internacional observa atentamente esses desenvolvimentos, especialmente considerando a recente eleição nos Estados Unidos e seu potencial impacto nas dinâmicas geopolíticas globais. A postura de Putin em relação ao novo governo americano pode ser crucial para o futuro das negociações e para a resolução do conflito na Ucrânia.
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