Tóquio, Japão, 22 de novembro de 2024, Kyodo News – A polícia de Tóquio obteve um mandado de prisão contra um adolescente chinês de 14 anos, suspeito de vandalizar o Santuário Yasukuni em agosto deste ano. O jovem, que já deixou o Japão, é acusado de danos à propriedade e profanação de local de culto.
De acordo com fontes próximas à investigação, o suspeito teria escrito caracteres chineses com o significado de “banheiro” em um pilar de pedra na entrada do santuário, usando uma caneta de ponta de feltro preta. O incidente ocorreu por volta das 22h do dia 18 de agosto.
Câmeras de segurança capturaram imagens do suspeito subindo no pedestal do pilar de pedra na noite do incidente. Acredita-se que ele tenha postado uma foto da pichação em redes sociais chinesas logo após o ato.
O adolescente chegou ao Japão com um grupo de pessoas alguns dias antes do incidente, mas visitou o santuário sozinho. Ele deixou o país pelo Aeroporto de Haneda, em Tóquio, no mesmo dia em que a pichação foi descoberta, partindo para Hong Kong.
Este não é um caso isolado de vandalismo no Santuário Yasukuni. Em maio deste ano, o mesmo pilar foi pichado com a palavra “banheiro” em inglês, usando tinta spray vermelha. Um homem chinês foi indiciado em julho por danos à propriedade e profanação de local de culto em relação a esse incidente anterior. Dois outros cidadãos chineses, que deixaram o país, foram colocados na lista de procurados por seu suposto envolvimento no caso de maio.
O Santuário Yasukuni tem sido há muito tempo uma fonte de tensão diplomática com a China e outros países asiáticos, pois homenageia líderes japoneses do tempo de guerra que foram condenados como criminosos de guerra em um tribunal internacional após a Segunda Guerra Mundial, junto com os mortos em guerra.
Esses incidentes repetidos de vandalismo no Santuário Yasukuni refletem as complexas relações históricas e políticas entre o Japão e seus vizinhos asiáticos, especialmente a China. As autoridades japonesas continuam a investigar e buscar os responsáveis por esses atos, enquanto o santuário permanece um símbolo controverso da história do país.
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