Baku, Azerbaijão, 25 de novembro de 2024 (Reuters) — A conferência climática das Nações Unidas, COP29, enfrentou intensas críticas de países emergentes e em desenvolvimento após a divulgação do documento final, no domingo (24), que propôs novas metas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas.
Após uma extensão de dois dias nas negociações, os delegados concordaram em estabelecer a meta de pelo menos 300 bilhões de dólares por ano até 2035, provenientes de diversas fontes lideradas por nações desenvolvidas. O documento também propõe uma ampliação do financiamento para alcançar 1,3 trilhão de dólares anuais no mesmo período.
No entanto, representantes de países como Índia e Nigéria classificaram as metas como inadequadas. O representante indiano afirmou que o documento “não reflete a gravidade do desafio climático” e se posicionou contra sua adoção. Já o delegado da Nigéria foi mais enfático, chamando a meta de 300 bilhões de dólares de “uma piada” e alertando que não deveria ser tratada com leviandade.
As críticas receberam aplausos de muitos delegados presentes, mas enfrentaram resistência de países desenvolvidos. Representantes da União Europeia defenderam as metas, destacando que representam um triplo do objetivo anterior de 100 bilhões de dólares anuais. “É uma meta ambiciosa, realista e alcançável”, argumentaram.
O presidente da conferência, Azerbaijão, declarou que todas as declarações dos participantes serão registradas, mas indicou que o acordo final permanecerá inalterado.
A tensão em torno do financiamento reflete a crescente pressão por ações concretas e sustentáveis diante da crise climática global, especialmente para atender às necessidades urgentes das nações mais vulneráveis.
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