Busan, Coreia do Sul, 26 de novembro de 2024 (Agence France-Presse) – Países de todo o mundo iniciaram as discussões sobre o primeiro tratado global das Nações Unidas voltado para a redução da poluição plástica. No entanto, divergências sobre a regulamentação da produção de plástico ameaçam os avanços nas negociações.
A Comissão Intergovernamental de Negociação sobre Poluição Plástica deu início à fase final das conversas na segunda-feira (25) em Busan. A meta é concluir um acordo juridicamente vinculante até o final de 2024, conforme resolução da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 2022.
O problema é urgente: em 2019, a geração global de resíduos plásticos atingiu 353 milhões de toneladas métricas, mais que o dobro da quantidade registrada em 2000.
Um dos pontos centrais das negociações é a restrição à produção de plástico. A União Europeia e países africanos defendem a criação de regulamentações uniformes, enquanto China, Índia e países produtores de petróleo – matéria-prima do plástico – se opõem à ideia.
O presidente do comitê, Luis Vayas Valdivieso, apresentou um rascunho preliminar antes do início das discussões. Embora o documento evite descrições concretas sobre restrições de produção, ele propõe que os países sejam obrigados a implementar medidas para evitar o vazamento de plástico no meio ambiente.
Durante a sessão geral de segunda-feira (25), países produtores de petróleo e outras nações se opuseram à continuidade das negociações com base no rascunho apresentado. Eles argumentaram que os participantes devem primeiro discutir o escopo do tratado.
As conversas estão programadas para continuar até domingo (1), com expectativa de avanços em direção a um consenso global sobre a crise da poluição plástica.
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