Chisinau, Moldova, 2 de novembro de 2024 (NHK) – Eleitores moldavos foram às urnas neste domingo (3) para o segundo turno das eleições presidenciais, que opõe a atual presidente Maia Sandu, defensora da integração com a União Europeia, e Alexandr Stoianoglo, ex-procurador-geral favorável a uma aproximação com a Rússia. O pleito é considerado decisivo para a orientação política da Moldova, ex-república soviética.
A Rússia é acusada de interferir na eleição com o objetivo de evitar que a Moldova avance em direção ao bloco europeu. No mês passado, a polícia moldava afirmou que uma transferência de 39 milhões de dólares de um banco russo teria sido realizada para influenciar votos no país, uma denúncia grave em meio à crescente tensão sobre a influência russa na região. Moscou, por sua vez, nega qualquer envolvimento no processo eleitoral.
Maia Sandu, ao votar, declarou que “ladrões querem comprar nossos votos, comprar nosso país”, destacando a importância da escolha moldava para o futuro da nação. No primeiro turno, realizado no mês passado, Sandu liderou a votação, com uma vantagem superior a 15 pontos percentuais sobre Stoianoglo, que defende uma política de cooperação com a Rússia.
O segundo turno acontece simultaneamente a um referendo sobre a adesão à União Europeia. No primeiro turno, o referendo registrou uma vitória apertada a favor da integração europeia, evidenciando a divisão da sociedade moldava entre o caminho europeu e a manutenção de laços com a Rússia. A definição final do pleito deverá esclarecer se a Moldova se alinhará cada vez mais ao Ocidente ou manterá uma postura de neutralidade, com influência russa ainda presente no país.
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