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Manifestação em Niigata pede resgate de sequestrados pelo Norte

Familiares de sequestrados pelo regime norte-coreano clamam por ação imediata do governo japonês.

Niigata, Japão, 16 de novembro de 2024 (NHK) – Uma grande manifestação realizada na cidade de Niigata, às margens do Mar do Japão, reuniu familiares de cidadãos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte para exigir que o governo intensifique seus esforços pelo retorno daqueles que ainda não conseguiram voltar ao país.

O evento, ocorrido neste sábado (16), veio após o marco de 47 anos desde o sequestro de Yokota Megumi, ocorrido quando ela retornava da escola secundária em Niigata. Megumi, que teria completado 60 anos em 5 de outubro, é um dos casos mais emblemáticos entre os 17 cidadãos japoneses confirmados como sequestrados por agentes norte-coreanos nas décadas de 1970 e 1980.

Sakie Yokota, mãe de Megumi, participou do evento virtualmente e expressou sua frustração com a falta de avanços na questão. “Passaram-se mais de 40 anos sem progresso em algo tão crucial. A sensação de vazio é imensa, pois não consigo entender por que nossos entes queridos ainda não foram trazidos de volta”, disse.

Yokota Takuya, irmão mais novo de Megumi e líder do grupo de famílias dos sequestrados, pediu ao primeiro-ministro japonês, Ishiba Shigeru, que estabeleça um cronograma concreto e adote uma diplomacia resoluta com a Coreia do Norte. “Sem cúpulas entre os dois países, não veremos uma solução”, afirmou Takuya durante o discurso.

Entre os palestrantes estava Soga Hitomi, uma das cinco pessoas que conseguiram retornar ao Japão em 2002. Sequestrada em 1978, aos 19 anos, junto com sua mãe, Miyoshi, então com 46 anos, Hitomi revelou seu desejo de que sua mãe, que completará 93 anos em 28 de dezembro, seja finalmente resgatada. “Espero de todo o coração que os demais sequestrados voltem para casa o mais rápido possível”, disse emocionada.

Até o momento, apenas cinco dos 17 sequestrados confirmados retornaram ao Japão. Os outros 12 permanecem desaparecidos, e apenas dois de seus pais ainda estão vivos: Sakie Yokota, de 88 anos, e Arimoto Akihiro, de 96 anos, pai de Keiko, sequestrada na Europa em 1983, quando tinha 23 anos.

O governo japonês tem sido pressionado a adotar medidas mais incisivas para garantir o retorno seguro dos sequestrados e aliviar o sofrimento de suas famílias, que há décadas vivem a incerteza sobre o destino de seus entes queridos.

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SourceNHK

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