Tóquio, Japão, 26 de novembro de 2024 (Kyodo News) – O chefe de gabinete do Japão, Hayashi Yoshimasa, expressou pesar pela ausência de representantes do governo sul-coreano em um memorial realizado no domingo (24) para homenagear os trabalhadores das minas de ouro na Ilha de Sado, na província de Niigata.
As minas de ouro de Sado foram reconhecidas como Patrimônio Mundial pela UNESCO em julho deste ano, apesar da oposição inicial da Coreia do Sul, que alegou que pessoas da Península Coreana foram forçadas a trabalhar no local durante o período colonial japonês. O consentimento de Seul foi dado sob a condição de que o Japão seguisse as recomendações de um órgão consultivo da UNESCO.
Embora um representante sul-coreano e parentes de trabalhadores falecidos estivessem programados para comparecer à cerimônia, a visita foi cancelada no sábado (23). O governo sul-coreano justificou a ausência dizendo que não houve tempo suficiente para coordenar as opiniões sobre o evento e que seria difícil chegar a um acordo aceitável para Seul.
Hayashi afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo japonês vinha mantendo uma comunicação cuidadosa com as autoridades sul-coreanas e o governo local que sediou o evento. Ele lamentou a ausência, mas disse que não cabe ao Japão explicar os motivos da decisão de Seul.
A mídia sul-coreana informou que a decisão de não comparecer ao memorial foi influenciada pela presença de Ikuina Akiko, vice-ministra parlamentar de Relações Exteriores do Japão, que representou o governo japonês na cerimônia. Ikuina teria visitado anteriormente o Santuário de Yasukuni, em Tóquio, que homenageia os mortos de guerra japoneses, incluindo líderes condenados por crimes de guerra após a Segunda Guerra Mundial.
A cerimônia também contou com a participação do governador de Niigata, Hanazumi Hideyo. Hayashi acrescentou que Ikuina não visitou o Santuário de Yasukuni desde que assumiu seu cargo como parlamentar da Câmara Alta e que o Japão já havia esclarecido os fatos sobre o assunto à Coreia do Sul.
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