Jerusalém, Israel, 10 de novembro de 2024, Agência de Notícias Haaretz – As forças israelenses intensificaram suas operações militares no norte da Faixa de Gaza, em meio a crescentes críticas internas sobre a estratégia do governo para o conflito. O ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, demitido recentemente pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aumentou a pressão sobre o governo ao questionar publicamente a permanência das tropas israelenses em Gaza.
Em uma reunião com famílias de reféns mantidos pelo Hamas, Gallant teria afirmado que “não há razão de segurança” para as forças israelenses permanecerem nas áreas do sul de Gaza próximas ao Egito. Ele também teria declarado que não há motivos para que um acordo de troca de reféns por paz não possa ser alcançado, sugerindo uma abordagem mais conciliatória em contraste com a linha dura de Netanyahu.
Enquanto as críticas internas se intensificam, as operações militares israelenses continuam. Na quinta-feira (8), oficiais militares anunciaram um ataque aéreo contra uma escola supostamente utilizada por combatentes do Hamas. Meios de comunicação palestinos relataram que o ataque resultou na morte de 10 pessoas, acrescentando que o edifício abrigava civis deslocados.
Além disso, bombardeios na cidade de Jabalia teriam deixado 27 mortos, incluindo mulheres e crianças, de acordo com relatos locais. Estes incidentes ressaltam a crescente preocupação internacional com o impacto do conflito sobre a população civil de Gaza.
As negociações para um acordo de paz entre Israel e Hamas permanecem estagnadas, com ambos os lados mantendo posições inflexíveis. A pressão internacional para um cessar-fogo e a resolução da crise humanitária em Gaza continua a aumentar, enquanto o conflito se aproxima de completar um ano desde o ataque do Hamas em outubro de 2023.
A situação em Gaza permanece crítica, com mais de 43.000 palestinos mortos desde o início do conflito, segundo autoridades de saúde locais. O impasse diplomático e a escalada militar levantam sérias questões sobre o futuro da região e a possibilidade de uma resolução pacífica para o conflito.
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