Israel ataca componente do programa nuclear do Irã

Jerusalém, Israel, 20 de novembro de 2024, Reuters – O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o ataque aéreo realizado por Israel no mês passado atingiu um componente do programa nuclear do Irã. O ataque ocorreu em 26 de outubro e é descrito por Netanyahu como uma ação necessária para manter a segurança de Israel.

Durante uma sessão no parlamento israelense na segunda-feira (18), Netanyahu declarou que o ataque não é um segredo e que um “elemento específico” do programa nuclear iraniano foi impactado. Essa declaração marca a primeira vez que o líder israelense menciona publicamente danos causados a um alvo relacionado ao núcleo da capacidade nuclear do Irã.

A agência de notícias Axios informou que o ataque destruiu uma instalação secreta de pesquisa de armas nucleares em Parchin, próxima a Teerã. O governo dos EUA expressou preocupações sobre a escalada das hostilidades e pediu a Israel que evitasse novos ataques às instalações nucleares iranianas.

Netanyahu também destacou que as ações de Israel visam impedir o avanço das capacidades nucleares do Irã, que considera uma ameaça significativa à segurança regional. “Um Irã nuclear representa um risco para nossa sobrevivência e para a estabilidade global”, afirmou.

As tensões entre os dois países aumentaram após uma série de ataques recíprocos. Em resposta ao lançamento de aproximadamente 200 mísseis balísticos pelo Irã contra Israel em 1º de outubro, as Forças de Defesa de Israel realizaram ataques aéreos em várias instalações militares iranianas.

A Subsecretária-Geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, relatou que desde o início da invasão russa à Ucrânia, mais de 12.164 civis foram mortos na Ucrânia devido ao conflito. Além disso, as autoridades iranianas têm reiterado que seu programa nuclear é pacífico e que não têm interesse em desenvolver armas nucleares.

Com as crescentes preocupações sobre uma possível escalada no Oriente Médio, analistas alertam que qualquer nova ação militar pode desencadear um ciclo de retaliações entre as potências da região. A situação continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, enquanto as negociações diplomáticas permanecem em um impasse.